O governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o secretário de Saúde do Estado, Nelson Tavares, e o diretor-geral do Hospital de Câncer de Barretos, Henrique Prata, se reuniram na cidade que dá o nome ao hospital no interior de São Paulo para uma conversa sobre possí- veis investimentos do governo do Estado na unidade de Campo Grande. O hospital também tem uma unidade móvel que foi inaugurada em Nova Andradina – a 299 km de Campo Grande.
Conforme a assessoria de imprensa da SES (Secretaria de Estado de Saúde), o diretor declarou que são necessários R$ 350 mil por mês de colaboração do Estado para manter a unidade. Ainda de acordo com a assessoria, Prada informou que os recursos estão escassos e que a dívida está alta e fora do padrão do que o hospital pode custear. Azambuja disse que vai junto com a SES viabilizar uma forma de realizar o repasse para as unidades.
“Terá todo nosso empenho e é uma posição do governo fortalecer e estudar mecanismos legais para transferir recursos, inclusive com apoio da sociedade que tem carinho muito grande pelos serviços prestados”, declarou o governador.
A situação na unidade de Campo Grande está tão grave que foi necessária a ação do MPE (Ministério Público do Estado) para que houvesse um contrato entre a prefeitura e a unidade da Capital para a assinatura de um convênio. Na sexta-feira, o Conselho Municipal de Saúde autorizou a prefeitura a assinar um contrato com o Hospital de Câncer de Barretos. O convênio terá o teto de R$ 50 mil por mês, durante 12 meses, mas será pago conforme a produção que o hospital apresentar ao fim de todo mês, ou seja, se a quantidade de exames for menor que esse valor, o repasse também será menor.
Unidade de Fernandópolis também ficou próxima de fechar as portas
Outras unidades do Hospital de Barretos também estão passando por dificuldades. No começo do mês de junho, o diretor-geral do Hospital de Câncer de Barretos havia anunciado o possível fechamento da unidade de Fernandópolis (SP). O motivo era a dificuldade financeira em manter o funcionamento m razão da falta de credenciamento de Jales e Fernandópolis pelo governo. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, no ano passado, a instituição fechou o ano com custo operacional de R$ 480 milhões, sendo que o SUS (Sistema Único de Saúde) repassou apenas R$ 207 milhões. O restante foi conseguido graças às doações de incentivo fiscal e pela sociedade, com eventos em prol da entidade.
*Correio do Estado
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