Polícia prende motorista que matou ciclista na Rodovia dos Imigrantes

A Polícia Civil prendeu na noite desta quarta-feira o motorista que atropelou e matou o ciclista Dorgival Francisco de Souza, de 59 anos, no último domingo, na Rodovia dos Imigrantes. Souza morreu na hora e, com o impacto do atropelamento, teve um dos braços decepados na altura do ombro.

O motorista de ônibus Sérgio Meliunas, de 45 anos, foi preso em São Bernardo do Campo, na empresa em que trabalha, por volta das 20 horas. Os policiais chegaram até ele depois de analisarem as imagens de câmeras de segurança - em uma delas, é possível ver que Meliunas dirigia em alta velocidade, pelo acostamento, pouco antes de atingir Souza - e encontrarem o carro danificado e coberto com uma capa na residência dele.

Sérgio Meliunas prestou depoimento aos policias do 4º DP em Diadema e confessou o crime. Segundo o delegado-assistente Ricardo Eduardo Guilherme, o motorista disse que só se deu conta do que havia acontecido depois que percebeu que o braço de Souza estava dentro do carro dele. Ele vai responder pelos crimes de homicídio doloso (quando há intenção de matar, já que assumiu o risco ao transitar pelo acostamento), omissão de socorro e fuga do local do acidente.

O motorista será ouvido nesta quinta-feira em audiência de custódia no Fórum São Bernardo do Campo.

Outro caso - O caso de Dorgival Francisco de Souza lembra o ocorrido com o operador de rapel David Santos Sousa, de 21 anos, em março de 2013. Ele perdeu o braço direito após ser atropelado pelo estudante Alex Kozloff Siwek, de 21 anos, quando andava de bicicleta na Avenida Paulista indo para o trabalho. O atropelador chegou a ficar onze dias preso e foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por tentativa de homicídio com dolo eventual. Para a Promotoria, o estudante assumiu o risco de matar o ciclista porque conduzia seu carro em alta velocidade e sob efeito de álcool e não prestou socorro à vítima.

Em junho de 2014, ele foi condenado a seis anos de prisão, em regime inicial semiaberto, além do pagamento de multa e suspensão da habilitação por cinco anos. Siwek recorreu da sentença em liberdade.

*Veja.com