Maicon foi o grande protagonista da derrota do São Paulo no jogo de ida da semifinal da Copa Libertadores. O zagueiro chegou ao Morumbi nesta quarta-feira com status de ídolo da torcida e novo capitão do time, mas deixou o gramado como vilão, ao ser expulso por empurrar o pescoço do atacante Miguel Borja - que na sequência marcaria os dois gols do Atlético Nacional, da Colômbia - na frente do árbitro argentino Mauro Vigliano. Maicon concedeu entrevistas após a partida e considerou o cartão vermelho injusto, mas pediu desculpas pela falha.
"Com certeza eu errei no lance, mas a meu ver não foi nenhuma agressão para me advertir com cartão vermelho, apenas coloquei a mão na cabeça dele. No calor do jogo, queríamos buscar o resultado positivo e isso no deixou um pouco com pressa. Assumo a responsabilidade pela expulsão e por comprometer o resultado", avaliou.
"Eu apenas coloquei a mão na cabeça dele, aquilo ali não era lance de agressão, a gente vê diversos lances que esse toque é comum, acho que ele (o juiz) podia me dar só o amarelo, o jogo estava tranquilo, sem lances polêmicos. Agora é assumir o erro, a equipe não merecia isso, infelizmente aconteceu esse resultado inesperado."
Recentemente, o São Paulo pagou 22 milhões de reais ao Porto, além de ter cedido 50% dos direitos econômicos de Lucão e Inácio, para contratar Maicon, destaque do time na Libertadores até então. Apesar da decepção com a expulsão, o defensor acredita que não ficará marcado como um investimento ruim.
"Peço desculpa aos meus companheiros, aos torcedores, não sou jogador de baixar a cabeça, vou dar a volta por cima, todo o esforço que a diretoria fez pra eu ficar será recompensado. Não fui contratado para essa Libertadores, mas para quatro anos." O jogador foi bastante aplaudido pela torcida, mesmo após o vermelho.
O técnico Edgardo Bauza também discordou da decisão do árbitro. "Vi agora pela televisão e não me pareceu algo grave. Creio que o árbitro se precipitou, talvez um amarelo fosse mais adequado. Mas já não podemos fazer mais nada a respeito. Lamentavelmente isso nos prejudicou muito", afirmou o argentino.
*Com Estadão Conteúdo
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