O ex-deputado federal e ex-secretário estadual de Obras Edson Giroto foi preso novamente, na 3ª fase da operação Lama Asfáltica, chamada de Aviões de Lama. Ele havia conseguido Habeas Corpus, após ser preso na 2ª fase, durante a ação Fazendas de Lama. Também há mandado de prisão para o empresário João Amorim e o cunhado de Giroto, Flávio Henrique Garcia Scrocchio. Apenas Amorim não foi localizado e a Polícia Federal aguarda sua apresentação.
Nesta fase, a polícia investiga a venda de uma aeronave de R$ 2 milhões. A intensão era pulverizar o bem. “Essa operação veio após uma analise documental do que foi apreendido na operação Fazendas de Lama, onde se observou que Edson giroto, Amorim e Flavio, acabaram por revender uma aeronave de alto valor alguns meses antes da segunda fase.
Essa revenda de R$ 2 milhões foi feita de forma parcelada, com repasse de um avião de R$ 350 mil e R$ 550 mil por meio de cheques, um de 250 mil e três cheques de 100”, explica o delegado regional da Polícia Federal em Campo Grande, Cleo Mazzoti. De acordo com o delegado, com esses valores, os investigados fizeram diversos pagamentos, como de dividas e também na compra de imóveis, tudo pago em espécie.
Os valores podem chegar a R$ 700 mil. “É uma modalidade bastante usual de lavagem de dinheiro, por esse motivo foram decretadas as prisões e apreensão das aeronaves”, afirma o delegado. A aeronave feita no negócio foi apreendida no aeroporto Santa Maria, em Campo Grande, o de maior valor, foi revendido a um terceiro que não está sendo investigado.
Essa aeronave está no estado do Mato Grosso e era usada por Flávio. Ela está em nome da Asa Participações, que também é citada nas investigações. Segundo a Receita Federal, o não pagamento de impostos com esses desvios, já chega a R$ 20 milhões. Os presos devem ser encaminhados a unidades prisionais de Campo Grande ainda hoje.
Mandados - A Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Receita Federal deram início na manhã de hoje (07), as diligências da 3ª fase da Operação Lama Asfáltica – Aviões de Lama, nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo, com o objetivo de desmantelar grupo criminoso investigado que desviava recursos públicos de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas que resultou em crimes de lavagem de dinheiro.
A organização criminosa especializada em desviar recursos públicos, inclusive federais, atua no ramo de pavimentação de rodovias, construções, prestação de serviços nas áreas de informática e gráfica. Os contratos sob investigação envolvem mais de R$ 2 bilhões.
O motivo do nome da operação é em razão do modo de se desfazer da aeronave, já que o grupo utilizou de recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações, recebimento de propinas e crimes de lavagem de dinheiro. Os presos serão encaminhados para a Superintendência da PF em Campo Grande/MS e as aeronaves apreendidas irão permanecer nas cidades onde forem localizadas.
*Diariodigital
Mín. 14° Máx. 30°