Após o comércio central “jogar a toalha” e fechar 78 estabelecimentos na 14 de Julho, principal rua do segmento em Campo Grande, em decorrência da crise, é a vez dos shopping centers da Capital enfrentarem o impacto do desaquecimento econômico. Somente nos três maiores centros de compra da cidade, que juntos somam 566 lojas, há 77 fechadas, o equivalente a 13,6% do total, de acordo com contagem.
Para descobrir o índice de lojas inativas, a reportagem levou em conta o número de estabelecimentos (incluindo restaurantes) divulgados pelas assessorias de imprensa e disponíveis nos sites de cada empreendimento, e foi feita contagem dos espaços fechados, estejam eles vazios por falta de locação, porque a loja encerrou atividade ou mesmo se ali já está reservado para novo empreendimento.
Entre os centros comerciais percorridos, o Shopping Bosque dos Ipês, o caçula dos três – chega ao terceiro ano de instalação na Capital –, foi o que mais teve fechamentos. Das 167 lojas (conforme quantidade divulgada no site do empreendimento), 46 (27,5%) encerraram as atividades em definitivo ou migraram para outros pontos comerciais da Capital.
Entre os clientes de grande porte perdidos, estão o supermercado da rede Walmart, que encerrou as atividades no fim do ano passado, e a C&A, uma das lojas-âncora. Já em função da crise econômica e de dificuldades financeiras do grupo empresarial controlador da marca (que pediu recuperação judicial no ano passado), fechou as portas no mesmo shopping a loja Luigi Bertolli.
Também saíram do local marcas pertencentes a grandes franquias, como Colcci e Lilica & Ripilica, além de outras de alcance nacional, porém menos conhecidas (Kevingston) e também regionais (Tube Surf e Yupi, esta última foi reaberta no Shopping Norte Sul Plaza há menos de um mês). Em contrapartida, houve a instalação de uma nova unidade Fácil, do governo do Estado.
*Correio do Estado
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