O corte de última hora que o tirou do UFC 200 custou muito caro para o ex-campeão meio-pesado Jon Jones. Nesta terça-feira, o empresário do lutador, Malki Kawa, disse que o lutador receberia a maior bolsa do megaevento em Las Vegas se não tivesse sido flagrado em exame antidoping. Ele foi substituído pelo brasileiro Anderson Silva, que perdeu para o americano Daniel Cormier, mas embolsou 600.000 dólares (1,98 milhão de reais).
Segundo Kawa, Jon Jones teria recebido mais de 10 milhões de dólares - uma premiação recorde e muito fora dos padrões do UFC. "Estamos falando de um pagamento de oito dígitos. O Conor McGregor pode falar o que quiser, mas o Jon é, de longe, o cara mais bem pago no UFC", disse Kawa ao site americano MMA Fighting. O atleta mais bem pago do UFC 200 foi o americano Brock Lesnar, que recebeu 2,5 milhões de dólares (8,26 milhões de reais).
"Jon estaria faturando mais do que todos. Perdemos um pagamento de oito dígitos e me incluo nisso. Claro que eu não receberia oito dígitos, mas ganharia uma porcentagem disso." O empresário ainda garantiu que ele e Jones não seriam "estúpidos" de arriscar perder essa quantia ao utilizar substâncias proibidas conscientemente.
O empresário reafirmou que Jon Jones é inocente e, apesar de não ter revelado quais as duas substâncias ilegais encontradas nos exames do lutador, confia que seu cliente será absolvido. "Jon nunca foi um trapaceiro. Ele não tomou nada sob o nosso conhecimento que esteja na lista de substâncias proibidas."
O próprio empresário foi quem contou a Jon Jones sobre o resultado dos exames. "Todos estavam animados. As coisas estavam indo muito bem, como planejadas, o corte de peso, ele estava feliz, a equipe estava motivada. Todos estavam em volta dele e, basicamente, eu contei o que tinha acontecido e que não iríamos mais lutar. Nós fomos da excitação à sensação de que alguém tinha morrido", contou.
*Veja
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