Os atletas e dirigentes do São Paulo deixaram Medellín, na Colômbia, indignados com a arbitragem dos dois jogos do confronto contra o Atlético Nacional na semifinal da Copa Libertadores. Após a derrota por 2 a 1, que decretou a eliminação do time brasileiro nesta quarta-feira, o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e o técnico Edgardo Bauza admitiram a superioridade da equipe colombiana, mas protestaram contra os juízes.
“Vimos uma arbitragem vergonhosa e tendenciosa, toda voltada para não permitir que o São Paulo conseguisse um bom resultado. Hoje certamente nós não conseguiríamos a classificação em nenhuma hipótese”, afirmou Leco, bastante revoltado, apesar de não ter elevado o tom de voz na zona mista do estádio Atanasio Girardot. O presidente reclamou especialmente de um lance em que o volante são-paulino Hudson caiu na área e pediu pênalti, mas foi ignorado pelo juiz chileno Patricio Polic. “Poucas vezes na vida, vi um pênalti tão escandaloso”.
Leco disse ter orgulho dos atletas e da campanha realizada pelo São Paulo e elogiou também a equipe do Atlético Nacional, que, “sabe jogar futebol e não deu pontapé”. O presidente, porém, considera que os clubes brasileiros têm constantemente sofrido com a arbitragem na Libertadores e deveriam cobrar providências da Conmebol. “Isso é histórico, temos visto sempre. Fomos muito prejudicados ao longo de toda a competição, assim como outros brasileiros. Talvez não queiram que o futebol brasileiro se afirme no cenário do continente.”
Mais comedido, o técnico Bauza considerou que o erro mais grave foi a expulsão do zagueiro Maicon, no jogo de ida, minutos antes de o Atlético Nacional marcar os dois gols da vitória no Morumbi. O argentino, porém, relembrou que a equipe colombiana já havia sido beneficiada nas fases anteriores.
“A arbitragem também teve problemas aqui nos jogos com Huracán e Rosário Central. Não sei se é coincidência”, comentou. Nas oitavas e nas quartas de final, os adversários dos colombianos também tiveram jogadores expulsos e reclamaram de pênaltis não marcados.
O São Paulo terminou a partida desta quinta-feira com nove jogadores, depois da expulsão de Diego Lugano e Wesley, que reclamaram de forma acintosa com o árbitro – que chegou a expulsar Michel Bastos, mas voltou atrás e mostrou o vermelho para Wesley.
“Eu não entendi o cartão. Nem o juiz sabe o que fez, só fui perguntar qual era o critério para não ter dado o pênalti para nós. Além de pênalti, era expulsão. Hoje a arbitragem foi péssima”, disse Michel Bastos.
*Com Gazeta Press e Estadão Conteúdo
Mín. 23° Máx. 39°