O Comitê Olímpico Internacional (COI) informou nesta terça-feira, por meio de um comunicado, que analisará as “medidas legais” contra os atletas da Rússia, um dia depois de receber o relatório da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) que aponta a participação do governo russo em um esquema de doping no país. Esperada para esta terça, a decisão sobre o banimento da Rússia da Olimpíada do Rio de Janeiro – solicitado pela Wada e outras federações internacionais – foi adiada.
O COI afirmou ter “apreço” pelo relatório do advogado canadense Richard McLaren e prometeu “analisar cuidadosamente” a denúncia. A decisão do COI, porém, deve demorar alguns dias para sair, pois levará em conta o julgamento do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) sobre outra denúncia de escândalo de doping contra o esporte russo – realizada pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), e marcado para a próxima quinta-feira (21) – além do Código Mundial Anti-Doping e da Carta Olímpica.
No comunicado, o COI também anunciou que irá refazer os exames de doping de todos os atletas russos que participaram dos Jogos de Inverno em Sochi, em 2014 e exigirá que todos os dirigentes mencionados na investigação da Wada tenham suas credenciais suspensas para o Rio-2016 – entre eles o ministro dos Esportes russo, Vitaly Mutko.
O COI pediu que federações esportivas não deem a Rússia o direito de organizar competições internacionais até que o caso seja solucionado. Com isso, os Jogos Europeus, marcados para 2019 na Rússia, podem trocar de sede.
Na segunda-feira, o presidente do COI Thomas Bach prometeu punições severas aos culpados. “As conclusões do relatório mostram um ataque chocante e sem precedentes sobre a integridade do esporte e sobre os Jogos Olímpicos. Portanto, o COI não hesitará em tomar as mais duras sanções disponíveis contra qualquer indivíduo ou organização implicada”, disse o presidente do COI, Thomas Bach.
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