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Exposição que festeja Manoel encanta na Capital

26/07/2016 às 08h44
Por: Tribuna Popular
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Uma exposição onde não há limite para as palavras rende homenagem ao centenário de nascimento do poeta Manoel de Barros. Mais do que apreciar é possível escrever nos painéis, numa sensação de poder somar-se à obra do aclamado poeta.

A exposição está sendo realizada ao ar livre no bosque da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) em Campo Grande. A interação surpreendeu os organizadores. Acadêmicos, professores e visitantes lotaram os espaços em branco de frases inspiradoras.

A exposição “Deslimite da Palavra” reúne 10 painéis, sendo o primeiro com uma pequena biografia e os demais com poesias famosas de Manoel de Barros, entre as quais Despalavra, O fazedor de amanhecer e O menino que carregava água na peneira. O coordenador do Setor de Cultura e Arte da UCDB professor Roberto Figueiredo admite que a seleção não foi fácil porque a obra de Manoel é muito ampla. “Já sobre a montagem, desde o princípio queríamos algo que proporcionasse interação entre os leitores e a obra do poeta.

O resultado foi surpreendente. Já tivemos que apagar os painéis uma vez porque ficaram lotados de frases no primeiro dia”, relata. Acadêmicas da universidade,  Valéria Taveira, 22 anos, e Priscila Asbeck, de 28, passearam pela exposição e escreveram suas frases favoritas nos painéis.  Estudante de Direito, Valéria optou por um dos princípios da carreira na qual está se formando “O tempo rege o ato” e por um pensamento mais intimista “A beleza está nos olhos de quem a observa.” “Escolhi essa frase porque valoriza a individualidade”, justifica.

Já Priscila estuda Piscologia. Fã de Sigmund Freud, ela optou por uma conhecida frase do criador da Psicanálise. “O homem é dono do que cala e escravo do que fala.” “Acho que unir Freud e Manoel de Barros é bem propício para a ocasião.  Freud dizia que a literatura e a psicanálise andam juntas. A psicanálise se concretiza na literatura”, argumenta. Quem viu a exposição atribui a ela muitos adjetivos “maravilhosa”, “tocante” e “profunda”. Porém, diante dos painéis é difícil encontrar brilho nos olhos superior ao da coordenadora do Curso de Letras da universidade Neli Betoni.

A professora tem mestrado na obra de Manoel de Barros. “Ele é alguém que encontrou na infância a essência para a poesia. Era o menino que carregou água na peneira a vida inteira”, define. Neli relata ter conhecido o poeta em 2005 quando ainda estava elaborando a tese O Gênero Híbrido e a Construção das Identidades Sociais nos Poemas de Manoel de Barros. Frente a frente, a admiração só cresceu. “Ele era a simplicidade e a leveza em pessoa”, enaltece.

A professora está preparando um café literário para unir vários cursos da UCDB no dia 25 de agosto, como forma de encerrar a exposição no bosque. Depois dessa data, os painéis poderão sair da universidade para exposições itinerantes, possibilidade ainda em fase de estudo pelos organizadores.  Manoel de Barros completaria 100 anos no dia 19 de dezembro e a universidade analisa outras atividades  festivas para o restante do semestre.

Arte transforma -  A exposição ao ar livre teve ainda o entorno decorado pelo projeto ‘Arte Transforma’. Orelhões que estavam nos depósitos da concessionária de telefonia foram reaproveitados pelos acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo e de Design.

Os objetos receberam pintura e estão pendurados nas árvores. A exposição foi batizada de “Telefone para passarinhos”. O coordenador de Arte e Cultura Roberto Figueiredo explica que todos os dias passava em frente ao depósito da telefônica e via as centenas de orelhões amontoados sem qualquer serventia. “Eu pensava. Isso pode virar arte”, relata.

A telefônica emprestou 50 orelhões para a UCDB, 12 estão pendurados nas árvores e os demais compõe o chamado “bosque dos orelhões” no gramado perto do estacionamento, compondo um cenário bonito e provocante. Tanto o bosque dos orelhões quanto a Exposição Deslimite da Palavra tem visitação aberta para a comunidade em geral na UCDB (campus da Avenida Tamandaré).

*Diariodigital

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