Os detentos usaram colchões para tentar atingir duas torres de bloqueadores que estavam funcionando no presídio desde terça-feira. A Sejuc informou que o sistema continua funcionando, mas que técnicos vão hoje ao local verificar a situação.
A instalação de bloqueadores de sinal é a causa de uma onda de ataques no Rio Grande do Norte desde a sexta-feira, em cidades do interior e da região metropolitana da capital. No último boletim divulgado pelo governo do Estado foram registradas 106 ocorrências, entre incêndios, tentativas de incêndios, disparos contra prédios públicos e proximidades, depredações e uso de artefatos explosivos e 32 veículos, entre ônibus e micro-ônibus foram incendiados.
O governo informou que o presídio de Parnamirim foi selecionado para funcionar em regime diferenciado de gestão penitenciária, portanto, terá prioridade na adoção de controles e restrições mais rígidas. Outros bloqueadores de sinal, que segundo o governo, foram adquiridos com recursos próprios, serão instalados em unidades prisionais. As próximas a receberem os equipamentos serão a Cadeia Pública de Nova Cruz, em Nova Cruz, e as penitenciárias estaduais Dr. Francisco Nogueira Fernandes (Alcaçuz) e Rogério Coutinho Madruga, ambas em Alcaçuz.
O Rio Grande do Norte possui 32 unidades prisionais e têm hoje aproximadamente 7.700 detentos. Segundo a Sejuc, não houve distúrbios em outros presídios, mas as unidades estão em alerta, e as intervenções, como revistas às celas e presos, foram intensificadas.
Forças Armadas – Hoje, 1.200 militares das Forças Armadas começam a atuar no Estado, auxiliando a polícia local na segurança e combate aos ataques. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, estão no Rio Grande do Norte para acompanhar o primeiro dia de trabalho e contribuir com o plano de ação das tropas militares.
*Com Agência Brasil
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