Quando aterrissou na caixa de areia do Estádio Olímpico de Atlanta, naquele fim de tarde de 29 de julho de 1996, Carl Lewis olhou para o placar eletrônico e levou as mãos à cabeça, incrédulo. O salto de oito metros e cinquenta centímetros acabava de colocá-lo, aos 35 anos, numa galeria de mitos do esporte onde, guardadas as devidas proporções e comparações, já figuravam Pelé, Muhammad Ali e Michael Jordan. Nove medalhas de ouro – sendo duas nos 100 metros e duas nos 200 metros – uma de prata e o tetracampeonato do salto em distância deixaram seu nome imbatível em debates sobre atletismo. Até surgir Usain Bolt. E pelo menos até começarem os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
No Engenhão, o jamaicano – indiscutivelmente o homem mais rápido de todos os tempos – terá a chance de igualar a marca dourada de Lewis com os nove ouros. É verdade que faltaria a prata na coleção, mas Lewis dá de ombros nesta discussão. Para a lenda americana, seu legado de transformação do esporte é insuperável. “Sou o mais influente atleta da história do atletismo, sim, eu sou.
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