Algumas pessoas devem ter reparados outdoors sem anúncios em Campo Grande. A crise vem atingindo realmente níveis alarmantes, e recentemente acertou no alvo um mercado que antes parecia intocável da comunicação visual. A falta de publicidade atinge pontos que antes era disputadíssimos como no cruzamento da avenida Mato Grosso com a rua 13 de Junho, região de enorme circulação de veículos da Capital.
Alegação dos empresários é que as empresas que antes tinham costumes de anunciar resolveram fazer cortes logo no orçamento de publicidade e marketing. “É a crise que chegou mesmo. Nesse segmento a crise rondava, mas nunca chegou a entrar, tanto que estamos há 20 anos no mercado e isso nunca havia acontecido”, relata o dono de uma das maiores empresas de comunicação visual de Campo Grande, Edson Rodrigues.
De acordo com o empresário, o ramo tem sofrido uma queda, já que o primeiro corte que as empresas fazem perante uma crise, é o da publicidade. “As empresas ainda têm essa visão distorcida, e perante à crise cortam justo o ramo da publicidade, que poderia impulsioná-las. É preciso novas técnicas e iniciativas para nos mantermos”, diz o empresário.
Para amenizar os prejuízos as empresas focam os trabalhos em painéis luminosos ou placas e letreiros. Outra empresária do setor, que preferiu não se identificar, constata que houve sim uma queda na procura por publicidade por parte dos clientes. “Diante da crise, as empresas seguram um pouco o investimento em publicidade, daí nós temos que inovar, reduzir preço, apresentar novas alternativas. Mas isso também aumenta a disputa entre as empresas, se você lança uma promoção, a concorrente já liga atrás”, diz.
Fora das eleições O ano de eleições poderia ser um alento para as agências de publicidade que trabalham com o comércio de mídia exterior, com foco na publicidade de outdoors. No entanto, mudanças trazidas pela mini-reforma eleitoral restringiram ainda mais a divulgação de campanhas políticas em espaços urbanos, o que prejudica o mercado em um momento que conseguiria a sua retomada se as regras anteriores fossem vigentes.
*O Estado Online
