O brasileiro Thiago Braz, ouro no salto com varas, consolou o francês Renaud Lavillenie após a entrega das medalhas na noite de terça-feira, no Engenhão. Segundo colocado na prova, o francês foi muito vaiado pela torcida brasileira ao ter seu nome anunciado no estádio e, sobre o pódio, chorou ao ouvir o Hino Nacional do Brasil. Em foto divulgada pelo Comitê Olímpico Internacional nas redes sociais, Braz conversa com Lavillenie depois do evento, acompanhado pelo ucraniano Sergei Bubka, maior atleta de salto com vara da história, seis vezes campeão do mundo e que bateu o recorde mundial 35 vezes.
Thiago afirmou que havia se encontrado com o francês pouco depois do pódio e conversado com ele. “Não nos falávamos há um ano e meio, também porque não vínhamos nos encontrando nas competições. Mas dei um abraço nele e está tudo bem”, disse o brasileiro.
Bubka foi o “mediador” do bate-papo entre os adversários e lembrou que a disputa pela medalha entre os adversários ajudou Braz a saltar 6,03. “Se ele não tivesse feito 5,98m, eu não teria passado para 6,03m. Foi um empurrando o outro”, explicou Thiago Braz à TV Record, depois de receber a medalha.
Lavillenie, atual campeão mundial e recordista do mundo com 6,16 m, haviacriticado a torcida brasileira após a prova de segunda-feira. Logo depois de conquistar a medalha, no Engenhão, Lavillenie se dirigiu aos jornalistas e, irritado, recriminou a torcida por vaiar os adversários de Braz e foi extremamente infeliz ao se comparar a Jesse Owens, o atleta americano e negro que peitou Adolph Hitler nos Jogos de Berlim-1936. Depois se arrependeu e pediu desculpas pela errônea comparação.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) também censurou a torcida brasileira após a entrega das medalhas. “Comportamento chocante ver o público vaiando Renaud Lavillenie no pódio de medalhas. Inaceitáveis para os Jogos Olímpicos”, afirmou o alemão Thomas Bach, presidente do COI, em declaração divulgada por meio das redes sociais.
*Veja
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