Usain Bolt já não tem mais adjetivos para definir a si mesmo. Em Londres-2012, disse ter se tornado uma “lenda” depois de vencer as duas provas de velocidade (100 e 200 metros rasos). Ao repetir o feito no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, o corredor jamaicano afirmou que já pode se considerar “o maior de todos”.
O atleta de 29 anos conquistou a medalha de ouro nos 200 metros no Engenhão ao completar a prova em 19s78. “Realmente não há mais nada que eu possa fazer. Provei ao mundo que sou o maior, foi para isso que vim aqui e é o que estou fazendo.”
Bolt também se tornou o primeiro atleta a ganhar os dois títulos individuais de curta distância em três Jogos consecutivos. “Foi para isso que trabalhei ao longo dos anos. Trabalhei para ser o melhor, para ficar entre os grandes”, completou, novamente se comparando a lendas como Pelé e Muhammad Ali.
O jamaicano pretendia bater seu próprio recorde mundial de 19s19, obtido em 2009, mas terminou com o desempenho mais lento de suas sete vitórias mundiais e olímpicas nos 200 metros.
“Eu sabia que seria difícil quebrar o recorde, porque quando terminei a curva minhas pernas disseram ‘escute aqui, nós não vamos mais rápido que isso’. Não fiquei totalmente satisfeito, mas estou satisfeito por ter ficado com a medalha de ouro”.
Bolt ainda pode conquistar, com a equipe jamaicana, o terceiro título consecutivo no revezamento 4×100 metros na sexta-feira, e assim completar o chamado ‘triplo-triplo’, igualando o recorde de nove ouros no atletismo conquistados pelo finlandês Paavo Nurmi, corredor de média e longa distâncias dos anos 1920, e do corredor de curta distância americano Carl Lewis.
Bolt disse que com certeza irá disputar os 100 metros e o revezamento dos 4×100 metros no campeonato mundial do ano que vem, em Londres, embora tema que seu treinador ainda tente convencê-lo a também buscar o título dos 200 metros, sua prova favorita.
*Veja
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