O cineasta Bruno Barreto, presidente da comissão que escolheu o filme Pequeno Segredo para representar o Brasil na disputa por uma vaga ao Oscar, disse estar arrependido por não ter cancelado a reunião com os membros do comitê. “Eu me arrependo por não ter pedido o cancelamento ao saber que duas pessoas iriam faltar. Isso teve influência no resultado final.” Bruno se refere à ex-secretária de Cultura do Rio, Adriana Rattes, e à diretora Carla Camurati. Apesar da colocação, ele diz achar que o resultado foi legítimo.
“As pessoas são capacitadas, conhecem cinema, e o processo foi liso. Está havendo um preconceito com o resultado, um ‘não vi, não gostei’.” Uma prévia na definição do escolhido, segundo Bruno, estava com quatro votos paraAquarius, de Kleber Mendonça Filho, quatro para Pequeno Segredo, de David Schürmann, e um pendendo para Nise – O Coração da Loucura, de Roberto Berliner. No desempate, o voto de Nise foi para Pequeno Segredo. Bruno prefere não revelar seu voto.
O diretor rebateu as acusações de represália a Aquarius, de Kleber Mendonça. “Não existiu pressão política, o ministro da Cultura (Marcelo Calero) adorouAquarius.” E seguiu: “Não adianta votarmos no filme de que gostamos mais. Precisamos saber que existe um padrão de produção que funciona para o olhar estrangeiro.” Se Pequeno Segredo tem chances? “Ele tem melodrama, criança, aids. Não sei se será o melhor, mas tem elementos.”
https://youtu.be/X_qAIqyZK8g
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