A tenista russa Maria Sharapova minimizou o consumo de Meldonium como doping, depois de ter sua pena reduzida de dois anos para 15 meses. Em entrevista ao talk show do apresentador americano Charlie Rose, a ex-líder do ranking mundial não eximiu a culpa de ter tomado a substância (proibida desde 1º de janeiro), mas afirmou que o Meldonium, de tão popular, é tomado como aspirina no Leste Europeu por milhões de pessoas e, de acordo com a opinião da tenista, as federações esportivas deveriam ter notificado com mais afinco os atletas da região para não serem pegos no doping.
“Nós (atletas) estamos constantemente viajando e durante vários torneios do ano passado fizeram exames anti-doping inúmeras vezes e a Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) sabia que eu estava tomando Meldonium. Esse é um medicamento popular no Leste Europeu, milhões de pessoas tomam, assim como é a aspirina nos Estados Unidos. Então por que não fizeram um grande alerta sabendo que vários atletas do Leste Europeu tomam Meldonium?”, argumentou Sharapova, que mais uma vez sustentou que consumia Meldonium há uma década sem maiores preocupações.
“Quando eu recebi o e-mail da ITF em março, fiquei muito chocada, porque tomava uma substância que era totalmente legal por 10 anos. Um médico me recomendou depois de muitos exames médicos, eu tinha 18 anos”, contou a tenista de 29 anos. Dona de cinco títulos de torneios Grand Slam e uma das maiores tenistas da última década, Sharapova deve voltar às quadras em abril.
*Com Estadão Conteúdo
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