Bob Dylan foi anunciado vencedor do Nobel de Literatura nesta quinta-feira, em uma decisão que pegou todo o mundo cultural de surpresa — embora seu nome estivesse entre a lista de cotados há alguns anos, ele é apenas o segundo músico a realizar o feito e o primeiro em um longo período de 103 anos.
Mas, verdade seja dita, Dylan também escreve livros. Entre os títulos de Dylan publicados no Brasil, estão o ficcional Tarantula (1971), uma viagem poética experimental escrita entre 1965 e 1967, anos em que sua força criativa estava a toda, e o primeiro volume de sua autobiografia, Crônicas, que está esgotado no país, mas pode ganhar nova edição da Planeta.
Crônicas, lançado em 2005, trata da vida do músico a partir da sua chegada, em 1961, a Nova York. Já Tarantula, publicado no Brasil em 1986 pela editora Brasiliense, com tradução de Paulo Henriques Britto, também está esgotado e pode ser encontrado no site de usados Estante Virtual por até 144 reais — valor que agora tende a subir.
Outros dois títulos, infantis, trazem o nome do músico na capa, mas são adaptações de canções e homenagens ao artista.
São eles O Homem Deu Nome a Todos os Bichos(Nossa Cultura), que remete à canção Slow Train Coming e foi ilustrado por Jim Arnosky, eForever Young (Selo Martins), em que Paul Rogers presta uma homenagem ao músico ao intercalar momentos inspirados em composições e na vida de Dylan.
Já sobre Dylan, há milhares de publicações e algumas delas chegaram ao Brasil. Em 2011, a Larousse publicou No Direction Home: A Vida e a Música de Bob Dylan, do jornalista americano Robert Shelton, livro considerado a biografia definitiva do início da sua carreira nos anos 1960.
Outra publicação por aqui é Like a Rolling Stone: Bob Dylan na Encruzilhada, de Greil Marcus, lançado pela Companhia das Letras em 2010 – uma análise meticulosa da canção e do processo criativo de Dylan.
No dia 8 de novembro, será lançado, nos Estados Unidos, um volume com todas as letras que escreveu entre 1961, o início de sua carreira, e 2012. Para a edição de The Lyrics, Dylan editou dezenas de letras.
*Com Estadão Conteúdo
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