Ganhar um Oscar é o sonho de muitos atores e atrizes. Porém, quando Anne Hathaway ouviu seu nome na cerimônia de 2013, quando receberia a estatueta de melhor atriz coadjuvante por Os Miseráveis, ela não estava muito feliz, mas precisou fingir o contrário para todos. “Me senti muito desconfortável”, explicou a atriz em uma entrevista ao jornal The Guardian, publicada nesta quinta-feira.
Hathaway explicou que o papel de Fantine, que sofre diversos infortúnios e precisa se tornar prostituta para sustentar a filha, foi emocionalmente desgastante para ela, que ainda não tinha se recuperado de toda a dor envolvida no filme quando chegou ao Oscar. “Tive que ficar de pé na frente das pessoas e sentir algo que eu não sinto, que é uma felicidade simples. É uma coisa óbvia, você ganha um Oscar e supostamente deve ficar feliz. Eu não me senti assim. Eu me senti mal porque estava em um vestido que custa mais do que algumas pessoas vão ver em sua vida, e ganhei um prêmio por interpretar uma dor que é real para boa parte da nossa experiência coletiva como seres humanos”, contou.
Na época em que ganhou o Oscar, Hathaway era uma das queridinhas de Hollywood, mas ela também começou a conquistar “haters”, que estavam saturados de sua imagem aparecendo o tempo todo. E estas pessoas viram o desconforto e a aparente felicidade da atriz na cerimônia de premiação como uma forma de atacá-la. “Tentei fingir que estava feliz e fui criticada. Essa é a verdade e isso é o que aconteceu. É bem chato. Mas o que você aprende com isso é que você só pensa que pode morrer de vergonha, mas não morre”, explicou ao jornal britânico.
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