O ex-governador do Rio Anthony Garotinho teve alta nesta terça-feira do Hospital Quinta D’Or, onde estava internado desde a semana passada. Agora, ele segue para a sua residência, no bairro do Flamengo, na Zona Sul do Rio, onde ficará em prisão domiciliar. Ele passou por uma cirurgia para colocação de um stent no último domingo – o apetrecho minúsculo é inserido nas artérias para melhorar a circulação sanguínea. Ele estava com 60% de obstrução numa artéria, segundo os médicos.
Garotinho foi preso na quarta-feira passada por determinação da Justiça Eleitoral de Campos dos Goytacazes, município do Norte Fluminense administrado pela sua mulher, Rosinha Garotinho. Alvo da Operação Chequinho, o ex-governador é acusado de chefiar um esquema que barganhava o acesso a um programa assistencial em troca de votos nas eleições deste ano. Ele nega ter cometido os atos ilícitos.
Após a prisão, Garotinho passou mal e foi inicialmente levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio. De lá, foi transferido à força para a unidade de saúde do complexo de Bangu, por decisão do juiz Glaucenir Silva de Oliveira, do TRE-RJ. Depois, a ministra Luciana Lóssio, do Tribunal Superior Eleitoral, revogou decisão do magistrado de primeiro grau e autorizou o ex-governador a ser levado a um hospital particular — no caso, o Quinta D’Or — e a cumprir prisão domiciliar após receber alta.
Segundo a defesa do político, ele ficará preso em sua casa sob vigilância de um agente da Polícia Federal, que passa pelo local três vezes por dia. A liminar do TSE não determina o uso de tornozeleira eletrônica nem detalha o prazo de validade do mandado. A decisão da ministra deve ser avaliada pelo plenário do TSE.
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