Contra o prognóstico dos que acusavam a atual edição do MasterChef de machista e apostavam em uma final entre dois homens, a paulista Dayse, que chegou a receber de colegas a incumbência de varrer o chão em vez de cozinhar, garantiu sua vaga na decisão do reality show, na próxima semana. Ela vai disputar o título do primeiro MasterChef Profissionais com Marcelo, o primeiro a ser classificado graças a um prato de dryaged, purê de alho e picles de talo de cenoura. A briga da semifinal não igualou o recorde desta edição do programa, de 10 pontos no Ibope da Grande São Paulo, mas teve picos de 9 pontos (a média foi de 7) e deu a liderança à Band por quase 50 minutos não sequenciais.
A própria Dayse se queixou de ser vítima de machismo — além de ter de varrer o chão, foi citada como “inofensiva” por concorrentes do reality. E não só ela. Também Fádia Cheiato, Priscylla Luswarghi e Izabela Dolabela sentiram um clima inamistoso para as mulheres no programa da Band.
Na semana passada, durante a degustação dos jurados, Marcelo, o outro finalista desta edição, chegou a dizer de Dayse que, “se essa mina ficar, é a maior roubalheira da face da Terra”. “Na minha opinião, sai a Dayse. Não tem mais culhão pra ficar. Pelo amor de Deus, né? Não tem como, está horrível. Não tem técnica nenhuma”, murmurou enquanto o chef Jacquin provava o prato da participante.
O suposto machismo foi tema de uma discussão entre a chef Paola Carosella, jurada do reality culinário, e espectadores na semana passada. Paola procurou relativizar a misoginia que rola na atração, comparando-a à violência explícita (e pesada) contra a mulher. A própria Paola, porém, admitiu em entrevista ao site de VEJA ter tido de demonstrar força para fazer carreira na gastronomia.
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