Dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, 36 enfrentaram situação de seca considerada grave no mês de outubro. Os dados constam no Boletim do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), extraídos do Monitor de Seca da ANA (Agência Nacional das Águas).
Outras 24 cidades tiveram seca moderada, enquanto 16 registraram seca extrema e ainda três (Selvíria, Paranaíba e Aparecida do Taboado, todas na região do Bolsão) sofreram com a seca excepcional.
A seca moderada provoca alguns danos às lavouras e pastagens; córregos, reservatórios ou poços ficam com níveis baixos, pode ocorrer falta ou restrições voluntárias de uso de água em algumas regiões.
Já quando a seca é considerada excepcional, há perdas nas lavouras e pastagens de forma excepcional e generalizada; escassez de água nos reservatórios, córregos e poços de água, criando situações de emergência.
Seca grave pode levar a perdas de cultura ou pastagens prováveis; escassez de água comuns; restrições de água impostas.
“No mês de outubro, observou-se precipitação acumulada mensal entre 200 a 400 milímetros nas regiões central, sudeste e leste do Estado devido à atuação de sistemas meteorológicos: sistemas frontais aliado a passagem de cavados (áreas alongadas de baixa pressão) e ao transporte de umidade e calor”, explicou a coordenadora do Cemtec, Valesca Rodriguez Fernandes.
Em grande parte dos municípios, o volume de chuvas foi de 125 a 150% acima do que era esperado para o período. Ainda assim, devido ao longo período de estiagem, as chuvas não foram suficientes para reverter a situação de seca.
O Monitor de Seca é um programa que analisa o comportamento do clima através de mapas meteorológicos e fornece informações que facilitam a adoção de medidas para combater os efeitos das secas. O programa já existe desde 2014 e engloba os estados das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, estando de fora apenas a região Norte do País.
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