O relator do Orçamento de 2022, Hugo Leal (PSD-RJ), tem sido pressionado tanto por parlamentares oposicionistas como governistas a não atender na íntegra o pedido do presidente Jair Bolsonaro de reajuste de policiais federais.
Na quinta-feira (16), o ministro da Economia, Paulo Guedes, cedeu à pressão do presidente e enviou ofício ao relator pedindo que R$ 2,5 bilhões
Segundo relatos feitos à , no entanto, até mesmo parlamentares da base aliada consideram que a peça orçamentária do ano que vem não comporta o montante e têm defendido ao relator que atenda apenas a uma parcela dele.
A pressão é para que Hugo Leal programe para o reajuste de servidores públicos um total de cerca de R$ 1 bilhão. E que o montante só seja liberado no início do segundo trimestre, após aprovação de projeto para a reestruturação das carreiras.
No ofício enviado ao Poder Legislativo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, que resistia a pedir o reajuste, ressaltou que o montante será usado “tendo em vista a decisão do presidente quanto à reestruturação de determinadas carreiras do Poder Executivo”.
O documento não informa que categorias serão atendidas nem de onde virão os recursos, mas a intenção de Bolsonaro é conceder reajuste salarial a policiais federais, rodoviários federais e agentes penitenciários.
A pasta ressaltou que o acréscimo nas despesas primárias deve estar compatível com a meta fiscal para o ano e o limite estabelecido pela regra do teto de gastos.
O aumento faz parte de uma estratégia eleitoral do presidente para agradar uma categoria considerada um dos pilares de sua eleição em 2018 e que demonstrava sinais de insatisfação com a falta de reajuste salarial.
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