As folgas são sempre motivo para passeios, em que os biólogos Luiz Felipe e Devanilda Mendes, de 27 e 30 anos, respectivamente, levam a filha de 3 anos para desfrutar as belezas do pantanal sul-mato-grossense. Sempre entusiasmada, Maria Luiza volta replicando o som dos animais, mas, desta vez, o que a surpreendeu foi a “abocanhada” de um jacaré bem diante dos olhos dela. Veja vídeo no final da matéria.
“Nós, embora não estejamos exercendo a nossa profissão no momento, gostamos demais da natureza e crescemos na região de Aquidauana. Depois, fomos para Dois Irmãos do Buriti e aqui a nossa filha, desde os três meses, passeia conosco no pantanal. Antes, ela falava que ia sair pra ver bichinho. Agora, já sabe diferenciar vários animais por fotos, pelo som, de toda forma na verdade”, afirmou Luiz ao Jornal Midiamax.
Nesta terça-feira (11), ao visitar uma pousada pantaneira, Luiz foi fazer um passeio de barco, acompanhado da esposa, a filha e mais um guia, que conhece a região há mais de 20 anos. “Fomos fazer uma pescaria esportiva de piranhas, em uma lagoa, a qual a gente chama de baia por aqui. Não é o rio mesmo porque estamos em época de Piracema, então, a gente pescava e soltava em seguida”, relembrou.
Na ocasião, conforme iam pescando os peixes, Luiz fala que os jacarés foram se aproximando do barco, até que o guia fez um alerta. “Ele disse pra gente parar de pescar porque era perigoso algum jacaré tentar fisgar a piranha antes de tirar o anzol e aí a gente iria pegar ele também. Só que a minha filha jogou um lambarizinho e o jacaré não pegou. Foi quando ela ficou muito triste e o guia, muito conhecedor da região e daquele momento, fez uma surpresinha para ela”, brincou.
Em seguida, o guia colocou a isca em um graveto e mostrou a Maria a maneira de dar o alimento ao jacaré. “Foi algo ocasional ali, da situação. Ele veio, abocanhou e ela ficou toda faceira, toda feliz. A gente sabe que não é correto alimentar os animais, mas, isso foi feito ali naquele momento somente. Minha filha já vai crescer sabendo que precisa respeitar o pantanal e o comportamento dos animais. É uma menina que tem contato e sabe a importância de preservar a natureza”, disse.
Ao retornar do passeio e conversar com os pais e avós, como Maria sempre faz, foi uma “longa conversa”. “Eu atuo como cinegrafista e produtor audiovisual e, sempre que retorno, ela já fica observando o trabalho e agora já diferencia arara canindé, azul e vermelha. Ela também sabe o que é curicaca, tucano, tamanduá e tatu e fica falando, batendo palma, comemorando mesmo. Na época dos incêndios, dizia que o fogo fazia dodói nos bichos. Agora, o assunto é o jacaré”, finalizou.
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