Para aproximar a família da apuração do caso, a morte da modelo Nayara Vit está sendo investigada pelo setor específico de apuração de crimes de gênero e violência doméstica do Ministério Público do Chile. A vítima morreu no dia 7 de julho do ano passado,, no apartamento onde ela morava em Santiago.
Até o momento não há esclarecimentos se a causa da queda foi realmente suicídio como relatou o namorado da modelo ou se é um caso de femíncídio, como acredita a família da brasileira.
Conforme informações do jornal O Globo, a mudança no ruma das investigações transfere a responsabilidade do fiscal Omar Mérida, do Ministério Público do Chile, que tratava o caso como homicídio, para a fiscal de um novo setor, Carolina Fuentes Remy-Maillet.
Omar, chegou a declarar que há provas que contestam a teoria de que a modelo teria tirado a própria vida. Em um vídeo publicado nas redes sociais da MP chileno, ele informou ter conseguido recolher vídeos, áudios, testemunhos e provas materiais que permitem "considerar hipóteses distintas de suicídio".
Segundo o irmão da modelo, Guilherm Vit, a nova promotora incluiu a mão deles como parte da acusação. "Minha mãe foi incluída como parte da acusação por parte da promotoria, com o intuito de nós ficarmos mais a par de documentos e depoimentos sobre a investigação. Porém, até o momento, não tivemos esse acesso", disse o engenheiro, que afirmou que a família ainda não sabe a verdade.
Com isso, uma das medidas da promotora foi considerar Eliane Vit uma vítima indireta no caso, disponibilizando, inclusive, uma advogada do MP chileno para representá-la. A mudança ocorreu há cerca de dois meses e, para Eliane a área especializada em casos de feminicídio, vai acelerar o andamento das investigações.
"Agora, estamos aguardando o resultado de um exame físico que vai avaliar se as marcas de lesão encontradas no corpo da Nayara aconteceram antes da queda e foram provocadas pelo namorado. A advogada que me representa no caso já tem acesso aos autos, que vão ser avaliados esta semana, mas o caso já é tratado como feminicídio",afirmou a mãe da modelo.
Para o advogado, que representa a família da modelo, Cristián Cáceres, existe outro indício de que o caso não seja suicídio. Troca de mensagens entre Nayara e professora de sua filha, no dia da morte, mostram que a vítima afirmava que levaria a menina ao colégio no dia 9 de julho.
Ele acredita que as mensagens endossam as declarações ds amigos da modelo que disseram que ela nunca apresentou tendências suicidas que a motivariam a se jogar do 12º andar de seu prédio, onde vivia com o companheiro Rodrigo Del Valle.
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