A sanção do Orçamento 2022 pelo governo deixou claro que o Palácio do Planalto jogou a decisão sobre reajustes salariais para servidores federais para o fim de março.
Dois auxiliares do presidente Jair Bolsonaro afirmaram ao blog que após a reação de outras categorias ao anúncio de um reajuste apenas às forças de segurança, ele decidiu esperar mais algumas semanas, na tentativa de encontrar uma saída que traga menos desgaste.
Por ser ano eleitoral, o início de abril é o prazo limite para definir gastos desse tipo.
O Orçamento traz previsão de R$ 1,7 bilhão para reajustes. O valor, apesar apesar de não estar 100% confirmado para esse fim, é originalmente reservado para carreiras de segurança: Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Departamento Penitenciário Federal (Depen).
Segundo auxiliares próximos do presidente Jair Bolsonaro, ele foi convencido temporariamente pela equipe econômica a não dar reajustes a apenas algumas categorias neste ano, por conta da pressão de outras categorias, que querem tratamento isonômico e chegaram a entregar cargos de confiança.
Mas as mesmas categorias policiais, próximas do presidente e com grande capacidade de pressão, insistem que Bolsonaro precisa cumprir a promessa de reorganizar as carreiras, dando o reajuste.
Na sanção do Orçamento, um novo fato surgiu em relação a possíveis reajustes para servidores. Bolsonaro vetou R$ 3,18 bilhões previstos para despesas dos ministérios em geral. Com isso, economistas ouvidos pelo blog entendem que há uma possibilidade de o governo tentar usar parte dessa recomposição de recursos para outros reajustes e benesses a servidores. Alertam, entretanto, que não há espaço para um reajuste linear a todos os servidores.
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