A bebê de seis meses que por engano recebeu o equivalente a seis doses da Pfizer, imunizante utilizado contra a Covid-19, em Altinópolis(SP) no dia 17 de janeiro, está sendo monitorada por equipes médicas e deve passar por novos exames na próxima semana.
Segundo a mãe, a menina está bem, mas o estado de saúde dela ainda inspira cuidados.
"Eles [os médicos] não sabem ainda por quanto tempo que vai ter que estar monitorando ela. Acreditam que vai ser um longo prazo aí, mas só de saber que ela está reagindo bem, pelo fato de não ter tido nenhum sintoma", diz.
A mãe, que também é técnica de enfermagem, disse que os últimos exames da bebê apresentavam alteração na parte de coagulação e, por esse motivo, ela deve seguir sob acompanhamento.
"A gente pergunta: 'doutora, quais riscos' e a médica nos diz 'estamos avaliando'. Então, vai avaliar sinais e sintomas que ela apresentar. Como, graças a Deus, não está apresentando nada de sinais nem sintomas, vão monitorar com a parte sanguínea, que nos últimos exames estava dando alteração".
A profissional de saúde que aplicou a dose de Pfizer em vez da vacina pentavalente, que previne doenças como coqueluche, meningite, tétano e hepatite, é colega de trabalho da mãe da bebê e aplica as doses na menina desde que ela nasceu, afirma a mulher.
"A hora que ela me falou o que tinha acontecido, a cabeça vai a mil. Você fica sem chão. A primeira coisa que vem na cabeça é 'minha filha vai morrer'. Mas, graças a Deus, na hora que veio esse pensamento eu já pensei 'não, infelizmente aconteceu, então vamos ver o que a gente tem que fazer a partir de agora para intervir, para que ela não apresente nada e não fique com sequela nenhuma."
O primeiro atendimento da bebê foi no próprio posto de saúde, logo depois que a mãe foi informada do erro. Especialistas apontam que o rápido socorro foi fundamental naquele momento.
No mesmo dia, a criança foi levada ao Hospital de Misericórdia de Altinópolis, onde ficou em observação e, no dia seguinte, foi encaminhada para o Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto, onde permaneceu por três dias em observação.
Passados dez dias desde a vacinação, a mãe confessa que ainda está insegura. "A gente sente um alívio por esses dez dias ela não ter apresentado nada, mas fica ainda bem inseguro, porque os médicos ainda não dão certeza de nada".
A criança está em acompanhamento por equipes médicas em Altinópolis e em Ribeirão Preto.
"Todos os dias tem uma equipe que vem ver ela, pediatra, enfermeiros, alguém está sempre avaliando ela. No HC, ela vai ter consultas constantes também. Hoje [nesta quinta-feira] ela foi em consulta, foi coletado sangue para verem a resposta imunológica dela, como que está. Semana que vem, vai coletar novos exames, que seriam os exames que estavam dando alteração."
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