Talento da nova geração, havaiana com pais brasileiros pode defender o Brasil nas Olimpíadas

Uma das novatas do Tour tem um nome que já chamou minha atenção quando ela venceu a etapa de Portugal da Challenge Series: Luana Coelho Silva, que se classificou para as oitavas-de-final em Pipeline. Com esse nome, pensei, teria de ter alguma ligação com o Brasil. O blog descobriu na época da vitória em Portugal que Luana é filha de brasileiros que se mudaram para o Havaí e que até já representou o estado de Pernambuco no Brasileiro Amador. Ao entrevistá-la após sua vitória na repescagem, Boas Ondas perguntou a Luana se existe a possibilidade de ela passar a representar o Brasil, em busca de uma vaga nas Olimpíadas, como fez Tatiaana Weston-Webb.

A disputa por uma vaga na equipe americana é muito mais acirrada, com muitas havaianas nessa briga. O caminho poderia ser mais fácil para Luana e o Brasil ganharia uma competidora que tem muito futuro. Luana fala português direito, mas não se sente confortável em dar entrevistas na língua dos pais e revelou ontem que existe essa possibilidade:

- Penso nisso de representar o Brasil todo dia, talvez na Olimpíadas, já que meus pais são brasileiros - disse a tímida revelação do surfe nacional.

Luana tem apenas 17 anos e é uma das melhores da geração, tendo vencido o Challenger de Portugal e já vem competindo desde criança. Treinada nas ondas do Havaí, é uma aposta excelente, sem dúvida. Em Pipe sem tubos, ela desferiu batidas que não deram muitos pontos por ser tratar de Pipe, mas renderia uma bela pontuação em quase todas as praias do Circuito

Como acredito que a segunda vaga está aberta, a primeira hoje seria de Tati, Luana pode surgir como mais um nome forte para os Jogos 2024.