Em agenda oficial realizada nesta terça-feira (29), para entrega de 2,6 mil documentos de titulação de terras do assentamento Itamarati em Ponta Porã, cidade sul-mato-grossense que faz fronteira com o Paraguai, o presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que a entrega dos documentos é uma "carta de alforria", documento usado na época da escravidão para a libertação de escravos, aos assentados que aguardavam há mais de 20 anos a regularização.
“Tenho satisfação em fazer valer e ressaltar o verde e amarelo da nossa bandeira, estamos entregando títulos da reforma para pessoas que há quase 20 anos espera esse pedaço de papel, que na verdade é uma carta de alforria que garante o direito aquele pedaço de terra. Agora as terras serão valorizadas e todas as benfeitoras feitas ficarão de herança para filhos e netos”, discursou o presidente.
No mesmo evento, Bolsonaro afirmou ainda que as entregas e regularizações da atual gestão evitaram invasões e confrontos por pedaços de terras. “Estamos fazendo isso em todo o Brasil, agora o pedaço de terra será do proprietário todo o tempo que ele viver. Até poucos anos todo dia tinha noticia de invasão de terras no Brasil e no nosso governo foram menos de dez conflitos. Isso foi deixado para trás, com medidas como essa de regularização de terra e porque eles deixaram de ser representado por aquele partido que dizia que os defendiam os trabalhadores, mas só os usavam para chegar o poder”, disse.
De acordo com o presidente do Incra, Geraldo Melo Filho, presente no encontro, com as entregas realizadas em Ponta Porã, a atual gestão da Republica entregou um total de 337 mil títulos de terra em todo o Brasil. Desse total 12 são em Mato Grosso do Sul.
“Isso é apenas uma parte do trabalho feito nesse período inteiro. O que foi entregue nesses três anos é mais do que o entregue nos dezenove dos governos anteriores. Essas entregas estão espalhadas em mais de 160 assentamentos em 51 municípios de Mato Grosso do Sul”, garantiu Melo Filho.
Itamarati - O assentamento surgiu no ano 2000 com a destinação de suas terras para a reforma agrária. Já chamado de Distrito Nova Itamarati, os produtores do local mantêm atividades pecuárias, com a criação de 36 mil cabeças de gado e cerca de 500 ovelhas, além da produção de 30 mil litros de leite por dia, porém grande parte é resultado do arrendamento das terras para grandes fazendeiros. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
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