De domingo para segunda-feira, 20, o Paraguai não registrou nenhum caso de novo coronavírus. O país está com 208 casos e oito mortes. Nove pacientes se recuperaram, e agora são 53. É a segunda vez, desde os primeiros balanços, que não há registro de aumento dos infectados pelo vírus. O Paraguai tem dez pessoas internadas, enquanto as demais continuam em isolamento domiciliar.
Com base nesses números, o governo paraguaio já tem sinal verde do presidente Mario Abdo Benítez para analisar medidas que flexibilizem a rigorosa quarentena, com a volta gradual às atividades econômicas, segundo a imprensa paraguaia.
No entanto, como informou a agência governamental IP, nada vai ser feito antes de 26 de abril, prazo previsto em decreto previsto em decreto para o fim da quarentena. O jornal Última Hora informou que, antes de decidir se se mantém este prazo de 26 de abril, será feita uma análise da situação, com possibilidade de prorrogar a quarentena até maio.
No Paraguai, só estão autorizados a funcionar os serviços indispensáveis, como supermercados, farmácias, postos de combustíveis e alguns outros. Também estão excetuados da contenção a cadeia agropecuária, o setor de obras públicas e os delivery (serviços de entrega), estes considerados “aliados” da quarentena, porque ajudaram a evitar aglomerações nos centros comerciais. O protocolo que está sendo estudado para o reinício das atividades de trabalho embora não tenha uma data específica, será feito de forma gradual, cumprindo as normas sanitárias.
“O plano já está muito avançado, mas é preciso fazer ajustes e considerar os indicadores que temos semanalmente. A “ideia é ter o menor impacto possível sobre as medidas sanitárias que estamos adotando”, disse o ministro da Saúde, Julio Mazzoleni. Ele destacou que, caso seja necessário, o governo poderá voltar atrás nas medidas de flexibilização. Mas algumas coisas estão já bem definidas: o setor de educação será um dos últimos a normalizar, provavelmente a partir de setembro.
Quanto aos eventos esportivos, a possibilidade é de que, a médio prazo, sejam autorizados, mas apenas sem público. O ministro da Saúde disse nesta segunda que as que as medidas adotadas desde o primeiro registro de infecção no país estão conseguindo reduzir a curva de casos de coronavírus, por isso é preciso capitalizar e conservar desta forma, com base na higiene, no uso de máscaras e na manutenção da distância prudente entre as pessoas.
O Paraguai conseguiu o que pode ser uma proeza, considerando a questão de recursos.
Menos de um mês depois”do início das obras, foram entregues dois hospitais de contingência para enfrentar o avanço da covid-19. Um deles “entregue nesta segunda, 20, tem 2.100 metros quadrados e abriga um total de 100 leitos, dos quais 36 estão “destinados para atender casos do pessoal de saúde, segundo informa o Última Hora.
Nesta quarta-feira, 22, será entregue o segundo, com as mesmas características (construção em forma modular), mas com com 102 leitos, dos quais 24 destinado para os médicos. Até agora, mesmo com todas as dificuldades, o sistema de saúde do Paraguai tem suportado bem o aumento dos internamentos devido ao novo coronavírus.
*Fronteira News
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