Atividade prática avaliativa “Artesanal ou Industrial? Produção sustentável de sabonetes e outros produtos”, tem como intuito despertar conscientização ambiental e ideais solidários dos estudantes.
A Escola Estadual Augusto Krug Netto, que oferta ensino em tempo integral, através do Programa “Escola da Autoria”, no município de Chapadão do Sul, está realizando, através da unidade curricular IV, atividade prática avaliativa “Artesanal ou Industrial? Produção sustentável de sabonetes e outros produtos”.
Com 284 estudantes matriculados em tempo integral, no Ensino Fundamental II e Ensino Médio, a unidade preza em desenvolver trabalho com o objetivo de oferecer um ensino de qualidade para que o estudante seja crítico e participativo na sociedade, buscando uma conscientização maior dos mesmos, motivados pelos ideais de solidariedade ao próximo.
Escola da Autoria
Vale destacar que, neste ano de 2022 a Escola Estadual Augusto Krug Netto, faz parte do Programa de Educação em Tempo Integral “Escola da Autoria”, proposta da Secretaria de Estado de Educação (SED) em atendimento aos pressupostos na Constituição e BNCC, com o intuito de elevar a qualidade do ensino e garantir aos estudantes uma formação integral.
Com o objetivo de estimular não apenas o desenvolvimento de uma aprendizagem acadêmica de excelência, e das competências socioemocionais, o recurso da ampliação do tempo de permanência na escola e da oferta de componentes/unidades curriculares diferenciados, articulados à BNCC e ao Novo Ensino Médio (NEM), pensados para atender aos estudantes e seus Projetos de Vida, oferecendo diversas atividades de interesses dos alunos através dos Itinerário Formativos.
Artesanal ou Industrial
Coordenado pela professora doutora de Química, Mayara Lutz de Matos, a atividade intitulada Artesanal ou Industrial? Produção sustentável de sabonetes e outros produtos, tem como intuito despertar conscientização ambiental dos estudantes, através de uma atividade prática avaliativa, onde os estudantes armazenaram óleo utilizado em suas residências para a produção de sabão líquido.
“O óleo utilizado para frituras, seja em residências ou estabelecimentos comerciais, são descartados muitas vezes em pias ou até mesmo como lixo orgânico, gerando contaminação de água, solo e até mesmo do ar. Podendo ainda, ao ficar retido nas tubulações, atrair pragas que causam inúmeras doenças”, lembra professora Mayara.
Produção de Sabão
No pátio da unidade escolar cada grupo transferiu 170 mL de água da torneira para um recipiente de plástico de aproximadamente 6 L, em seguida pesaram 83 g de soda cáustica em escamas (Pequi 99%) e adicionaram à água, ao tocarem na parte externa do recipiente todos perceberam que a reação era exotérmica e portanto deveria ser realizada com cuidado para evitar queimaduras e não inalar o vapor e intoxicar-se.
Após total dissolução, sem agitação, adicionaram 250 mL do óleo previamente filtrado e 170 mL de etanol combustível, agitando, a mistura escureceu e formou uma película sobre ela, em seguida completaram o volume até aproximadamente 5 L adicionando água. Para diminuir o odor de óleo e clarificar o sabão líquido, 83 mL de água sanitária foram acrescidas à ele já pronto.
Ao retornar para o laboratório é finalizado com adição de corante líquido e a essência escolhida por cada grupo. “No entanto, para levarem para suas casas e utilizar o sabão, eles trouxeram recipientes de plástico mais grossos como os de amaciante e água sanitária, pois na fabricação é utilizado soda cáustica em excesso e o sabão deve ficar em repouso por uma semana e depois pode ser utilizado normalmente”, enfatiza professora de Química.
Desta forma, os estudantes aprendem, na prática, uma forma ecologicamente correta de descarte do óleo utilizado em suas casas e conscientizaram-se dos malefícios que podemos causar ao meio ambiente pela falta de conhecimento.
Conscientização Ambiental
“Foi uma aula diferenciada, pois fomos para o laboratório, já tenho o costume de fazer sabão com minha mãe em casa, mas alguns ingredientes foram diferentes. O experimento foi muito divertido e proveitoso, minha mãe usou e disse que o sabão ficou muito bom”, menciona o estudante do 2º ano do Ensino Médio Integral.
Para a estudante do último ano do Ensino Médio Iara Martins de Oliveira, a experiência de ter produzido sabão líquido na Unidade Curricular IV, dentro da escola, foi “xuxu beleza” de sensacional. “Nunca havia participado desse tipo de dinâmica em todo meu tempo sendo estudante do ensino público. A professora coordenou a produção do sabão de forma excelente, mesmo tendo recursos insuficientes no laboratório e muitos alunos para auxiliar. O processo prático durou duas aulas e foi importantíssimo para o entendimento de como reutizar e reciclar de forma adequada o óleo de cozinha, algo que tanto utilizamos no dia a dia. O resultado ficou cheiroso, colorido e ótimo na limpeza.", finaliza Iara.
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