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Veja as mudanças no valor das bandeiras tarifárias após reajuste feito pela Aneel

Bandeira verde continua sem nenhum custo adicional, mas as bandeiras amarelas e vermelhas tiveram aumentos, em alguns casos que ultrapassam 60% dos valores anteriores

27/06/2022 às 09h38
Por: Tribuna Popular Fonte: CNN Brasil
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 - Segundo a Agência, foi necessário haver reajuste devido ao período de escassez hídrica observado em 2021 e à alta da inflação Marcelo Camargo/Agência Brasil
- Segundo a Agência, foi necessário haver reajuste devido ao período de escassez hídrica observado em 2021 e à alta da inflação Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou reajuste nos valores das bandeiras tarifárias nesta semana, com o início da vigência a partir de julho deste ano.


A bandeira verde, em vigor, por enquanto, até o final de julho, continua sem nenhum custo adicional, mas as bandeiras amarelas e vermelhas tiveram aumentos, em alguns casos que ultrapassam 60% dos valores anteriores.


O acréscimo para a bandeira amarela foi de 59,5%, passando de R$ 1,874 a cada 100 quilowatts (kWh) consumidos para R$ 2,989. O encarecimento foi maior para a bandeira vermelha 1, cujo valor passou de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 kWh – alta de 63,7%.


Por fim, o patamar mais caro da última bandeira, a vermelha 2, passou de R$ 9,492 a cada 100 kWh para 9,795, configurando uma alta de 3,2%.


A Aneel afirmou que retomou o método utilizado para calcular os valores que era utilizado desde 2016, interrompido em razão do período de escassez hídrica em 2021.


Segundo a Agência, foi necessário haver reajuste devido ao período de escassez hídrica observado em 2021 e à alta da inflação.


“O acréscimo verificado nos valores se deve, entre outros fatores, aos dados do mercado de compra de energia durante o período de escassez hídrica em 2021, ao custo do despacho térmico em razão da alta do custo dos combustíveis e à correção monetária pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou 2021 com aumento de 10,06%”, destacou a Aneel.


A energia elétrica foi um dos “mocinhos” na divulgação do IPCA de maio. A categoria foi  principal responsável pela queda no grupo habitação, sendo o segundo mês consecutivo que o item apresentou recuo, desta vez de 7,95%.


Com o fim da bandeira de escassez hídrica em 16 de maio, os consumidores deixaram de pagar R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos.


As variações de energia elétrica foram desde queda de 13,49% em Brasília (onde houve redução de PIS/Cofins) até alta de 6,97% em Fortaleza, por conta do reajuste de 24,23% nas tarifas residenciais, a partir de 22 de abril.


Outras capitais brasileiras também registraram ajustes tarifários nas contas de energia elétrica. São elas: Recife: (3,27%), com reajuste de 18,77%, em vigor desde 29 de abril; Salvador (2,56%): reajuste de 20,97%, vigente desde 22 de abril; Aracaju (0,79%): reajuste de 16,81%, a partir de 22 de abril; e Campo Grande (-1,63%): reajuste de 17,14%, a partir de 16 de abril.


Criado pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica. O custo é pago de imediato nas faturas de energia, o que desonera o consumidor do pagamento de juros da taxa Selic sobre o custo da energia nos processos tarifários de reajuste e revisão tarifária.


A Aneel estima que, desde que as bandeiras foram criadas, elas geraram uma economia de R$ 4 bilhões aos consumidores de todo o país, porque evitam a incidência de juros sobre os custos de geração nos momentos menos favoráveis.


“As bandeiras dão transparência ao custo real da energia e permitem ao consumidor se programar e ter um consumo mais consciente. Antes, ele não sabia que a energia estava mais cara. Agora ele sabe e pode se programar. Se a bandeira está vermelha, ele sabe que é conveniente economizar, ter um consumo mais consciente e evitar o desperdício de água e energia”, destaca a Agência.


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