Atualmente, trabalham no megaprojeto cerca de 450 pessoas de diferentes partes do país e, entre elas, destaca-se um número significativo de mulheres, moradoras da comunidade local.
O projeto acumula execução de 18,22% até abril. Os principais itens executados, do lado paraguaio, são as cabeças das estacas, encontro 1, alçado das estacas e vergas. Do lado brasileiro são construídas estacas e cabeças de estacas. As estacas já somam 251 unidades em 300, alcançando um avanço de 84%.
Todo esse progresso também é possível graças à colaboração dessas mulheres. Uma delas é Luciane Orrego Ruíz (25), engenheira civil, que ressaltou que os Carmeleños estão orgulhosos de que o Governo Nacional tenha decidido fazer um investimento tão grande na cidade, que trará progresso não apenas para a própria área de Carmelo Peralta, mas para toda a região.
“Sendo recém-formada, sinto-me sortudo por ter este tipo de oportunidade, tendo em conta que se trata de um projeto de grande envergadura e invulgar no nosso país, que permite um desenvolvimento profissional muito importante. Nós que estamos no local, independentemente da função atribuída, fazemos o possível para que tudo corra bem”, destacou.
Ela destacou que a construção está gerando muito emprego, dando oportunidades de trabalho para a população local. “Isso tem um impacto positivo na economia da cidade e quando a ponte estiver concluída as oportunidades vão crescer, pois o mercado de trabalho vai se expandir, trazendo progresso e desenvolvimento econômico para nossa região”, afirmou.
Por seu lado, Cynthia Marecos, responsável pela logística dos equipamentos na zona de trabalho e controlo das balsas, disse sentir-se muito feliz com a oportunidade de emprego que estão a oferecer a tantas pessoas.
“A chegada deste projeto nesta região do Chaco terá um grande impacto na economia. De uma coisa tenho a certeza, vai deixar um antes e um depois para o distrito de Carmelo Peralta, um local pouco conhecido mas que num futuro muito próximo será uma nova ligação entre os dois países”, disse o profissional carmelita.
Entre os funcionários da ponte Bioceânica está também Lorena Medina (20), natural de Vallemí (localizada a menos de 60 km em linha reta), mas que tem a oportunidade de exercer sua profissão de eletricista na área de trabalho de a futura ponte.
“Dentro da minha profissão não é comum ver mulheres, nem na zona da construção. É comum ver homens fazendo esse tipo de trabalho. Nesse empreendimento específico há muita mão de obra qualificada, por isso nos orgulhamos muito e nos sentimos gratos pela oportunidade”, reiterou.
O empreendimento – integralmente financiado pela Itaipu do lado paraguaio – demonstra, assim, seu compromisso com a integração regional, apostando no desenvolvimento sustentável do Paraguai.
A empresa encarregada de tornar realidade esta terceira união física com o Brasil é o Consórcio PYBRA, sendo o Consórcio PROINTEC o supervisor. A sua gestão é da UEP-DCyP do Ministério das Obras Públicas e Comunicações (MOPC).
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