Vestidos com camisetas que relembram Everton Quebra de Oliveira, assassinado em 2020 durante uma festa no Jardim Caiobá, familiares protestaram clamando por justiça na manhã desta quarta-feira (12), em frente ao Tribunal do Juri, em Campo Grande.
Petterson Ribeiro Dutra, acusado do crime, senta na cadeira dos réus. Na época, ele se apresentou à polícia três dias depois do crime e alegou legítima defesa.
Ao Jornal Midiamax, o irmão, Edson, lamentou a espera de três anos pela audiência. “Nesses três anos ele [acusado] só mentiu, como se ele estivesse certo e a gente errado. Que a Justiça tarda, mas não falha”, disse.
A viúva de Everton, Thalia, se emocionou no ato dizendo que a perda desestruturou a família. “Foi uma vida tirada de forma trágica. Não é uma tristeza e sofrimento que passa. Não é tirar uma vida e ficar tudo bem”.
Crime
O crime ocorreu em 22 de novembro de 2020, Everton estava com a esposa em uma festa de aniversário de seu irmão, quando houve uma briga entre os familiares.
Após a briga, uma das sobrinhas da viúva saiu chorando do local e uma menina de 15 anos foi atrás para consolá-la, nisso, as jovens teriam encostado no carro do autor do crime, que morava ao lado do local da festa.
Irritado, o autor teria mandado que as meninas saíssem de perto do carro de maneira ríspida, sendo que a garota respondeu que não precisava de tudo aquilo. Foi neste momento que o adolescente desferiu um tapa no rosto da jovem e todos saíram do salão para ver o ocorrido.
Um dos sobrinhos de Everton foi tentar defender a menina e quase foi esfaqueado. Everton também entrou na defesa e acabou ferido com um golpe na barriga, ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu e morreu.
A viúva do rapaz ainda disse que antes de fugir, o autor teria tentado atropelar quem estava na frente do salão de festas.