Com presença da Força Nacional, seguranças são libertados de área invadida

Seis seguranças privados foram libertados neste domingo (3) da Estância Fênix, invadida por indígenas em Dourados, a 251 km de Campo Grande. Equipes da Força Nacional de Segurança Pública foram ao local o chefe de segurança denunciar que os seis empregados estavam impedidos de deixar a sede.

A Estância Fênix fica na margem da Avenida Guaicurus, que liga o perímetro urbano ao aeroporto, à Cidade Universitária e ao quartel do Exército.

Segundo os proprietários, aos poucos os indígenas estão ampliando as invasões no entorno da reserva. Vizinhos da área invadida no fim de semana afirmam que as invasões são lideradas pelo ex-candidato a governador pelo PCO (Partido da Causa Operária), Magno Souza.

Em abril deste ano, ele e outros oito indígenas foram presos pela Polícia Militar acusados de invasão de propriedade particular e porte ilegal de arma. Magno saiu da prisão monitorado por tornozeleira eletrônica.

“Estão invadindo até terreno no perímetro urbano, que dá acesso à UFGD. Eles fazem os barracos e eles mesmo colocam fogo para simular suposto ataque”, afirmou hoje um dos proprietários de áreas invadidas.

Conforme boletim de ocorrência da Polícia Militar, pelo menos 15 indígenas, entre homens, mulheres e crianças, entraram na Estância Fênix e começaram a construir barracos.

Quando as equipes da PM chegaram ao local, o chefe de segurança da propriedade afirmou que seis funcionários estavam na sede, impedidos pelos indígenas de sair. Segundo ele, os seguranças estão armados com revólveres calibre 38. Por medida de segurança, a PM não chegou até a sede.

O subcomandante do 3º Batalhão, major Vieira, entrou em contato com a representante da Funai em Dourados, mas até esta manhã não houve avanço nas negociações. “Vai ter derramamento de sangue porque não vamos permitir que invadam nossas terras. Estão trazendo gente do Paraguai para inflar as invasões”, afirmou produtor rural que tem área invadida pelos indígenas.

Em vídeo distribuído através do aplicativo WhatsApp, Magno Souza cobrou a retirada dos seguranças privados das áreas. “Eles estão passando por cima da lei, por cima da Justiça, por cima de nós”, afirmou.