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STJ decide nesta terça se mantém anulação de júri da boate Kiss

Julgamento de recurso do MP contra medida que beneficiou réus foi interrompido em junho por pedidos de vista

05/09/2023 às 12h10
Por: Tribuna Popular Fonte: Campo Grande News
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 - Fachada da antiga boate Kiss tornou-se local de protesto. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
- Fachada da antiga boate Kiss tornou-se local de protesto. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) retoma nesta terça-feira (5) o julgamento sobre o incêndio na Boate Kiss, ocorrido em 2013, em Santa Maria (RS), e que deixou 242 mortos e mais de 600 feridos.Campo Grande News - Conteúdo de VerdadeCampo Grande News - Conteúdo de Verdade Das vítimas, três eram de Mato Grosso do Sul: David Santiago de Souza, Ana Paula Rodrigues e Flávia de Carli Guimarães.


O caso começou a ser julgado em junho, mas foi interrompido após o ministro Rogério Schietti votar pela prisão imediata dos quatro condenados.


A análise do caso será retomada com o voto do ministro Antonio Saldanha, que pediu vista (mais tempo para analisar o processo).


A Sexta Turma do STJ analisa recurso do Ministério Público do Rio do Grande do Sul (MPRS) contra a decisão que anulou o resultado do júri e determinou a soltura dos acusados.


Em agosto do ano passado, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) aceitou recurso protocolado pela defesa dos acusados e reconheceu nulidades processuais ocorridas durante sessão do Tribunal do Júri de Porto Alegre, realizada em dezembro de 2021.


O júri condenou os ex-sócios da boate Elissandro Callegaro Spohr (22 anos e seis meses de prisão) e Mauro Londero Hoffmann (19 anos e seis meses), além do vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor musical Luciano Bonilha. Ambos foram apenados com 18 anos de prisão.


No STJ, as defesas dos quatro acusados reafirmaram que o júri foi repleto de nulidades e defenderam a manutenção da decisão que anulou as condenações.


Entre as ilegalidades apontadas pelos advogados estão a realização de uma reunião reservada entre o juiz e o conselho de sentença, sem a presença do Ministério Público e das defesas, e o sorteio de jurados fora do prazo legal.


De MS - Nascida em Chapadão do Sul, a 331 quilômetros de Campo Grande, Flávia de Carli Guimarães, na época, estava com 18 anos. O campo-grandense David Santiago Souza, com 23 anos, era acadêmico de Odontologia da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) e Ana Paula Rodrigues, que estava com 21 anos, morava em Mundo Novo, a 463 quilômetros da Capital e estava a passeio  na cidade.


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