O pedido de troca de testemunhas, feito pela defesa do Hospital El Kadri, foi negado pela Justiça Federal. Assim, o ex-diretor Rudiney de Araújo Leal foi mantido como testemunha na ação sobre supostos R$ 5,6 milhões em sonegação de impostos e multas.
A decisão da 3ª Vara Federal de Campo Grande publicou a decisão nesta quinta-feira (5), no Diário Oficial do órgão. O sócio administrador do Hospital El Kadri, Mafuci Kadri, é réu na ação penal impetrada pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal por omissão de rendimentos e fraude de informações.
Segundo a publicação, o sócio administrador é acusado de sonegar R$ 2 milhões. Com as multas, o valor vai para R$ 5,6 milhões.
A ação aponta que houve supressão de IRPJ (Imposto Sobre a Renda das Pessoas Jurídicas), PIS/PASEP (Programa de Integração Social e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público), COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). As supressões teriam sido registradas de março a dezembro de 2016.
Solicitações da defesa
A defesa de Mafuci Kadri afirmou que há ausência de dolo específico e a inexistência de apropriação indevida. Eles justificam que não há provas de acréscimo patrimonial injustificado.
Contudo, a Justiça destacou que o dolo específico é questão de mérito, o que não pode ser realizado na fase da ação. O hospital também pediu prazo para apresentação de documentos contábeis.
“A defesa não esclareceu minimamente o que se pretende demonstrar com tais papéis”, defendeu a Justiça Federal. Além disso, pontuou que a juntada de documentos pode ser feita a qualquer momento.
O último pedido da defesa é a substituição da testemunha Rudiney de Araújo Leal, que já foi diretor e CEO do Hospital El Kadri. Porém, Rudiney já foi encontrado e intimado para audiência de instrução em 31 de outubro e não será substituído.
O Jornal Midiamax acionou o Hospital El Kadri por e-mail da comunicação sobre a tentativa de substituição da testemunha. No entanto, não houve manifestação da parte até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para posicionamento da instituição de saúde.
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