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A ida do presidente dos Estados Unidos Joe Biden a Israel tem como objetivo demonstrar o “apoio irrestrito” aos israelenses em meio ao conflito com o Hamas.
Esta é a avaliação do coordenador do curso de relações internacionais da ESPM Alexandre Uehara.
“Esta é a primeira vez que um presidente dos EUA visita Israel enquanto há conflito no país, isso deixa claro de que lado ele está”, disse, à CNN Rádio.
Ao mesmo tempo, porém, Uehara aponta que há “ponto de frustração” na viagem de Biden, já que os encontros previstos com autoridades do Egito, Jordânia e Autoridade Palestina foram cancelados.
Os cancelamentos aconteceram após o bombardeio a hospital em Gaza.
Enquanto o Hamas acusa Israel pelo ataque, os israelenses atribuem a responsabilidade à Jihad Islâmica, que nega.
“Isso mostra que, neste aspecto de tentativa de mediação, a viagem não terá sucesso, neste momento [após o bombardeio] seria difícil de os encontros acontecerem”, completou.
O professor explica que uma conciliação seria bem-vinda, já que “ouvimos discursos belicosos de líderes políticos, muito mais apagando o fogo com gasolina, as reuniões seriam tentativas para conduzir para caminho rumo à pacificação”.
*Com produção de Isabel Campos
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