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Operação da PF mira estelionatários que agem de dentro de presídios

Mandados foram cumpridos em Nova Andradina e na PED; grupo usava perfis falsos de policiais federais

24/10/2023 às 10h13
Por: Tribuna Popular Fonte: Campo Grande News
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 - Policial penal e agente da PF em cela da PED onde foi cumprido mandado de busca (Foto: Divulgação)
- Policial penal e agente da PF em cela da PED onde foi cumprido mandado de busca (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal deflagrou operação nesta terça-feira (24) para desmantelar quadrilha de estelionatários que agia de dentro da PED (Penitenciária Estadual de Dourados) com apoio de criminosos em liberdade. O grupo usava perfis falsos com nomes e fotos de policiais federais e agentes da Receita Federal do Brasil para vender supostos produtos apreendidos.


A “Operação Fake ID PF” cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Nova Andradina e na PED em Dourados. Segundo a Polícia Federal, o estelionato com uso de documentos públicos falsos tinha alcance em todo o Brasil.


Os golpes começaram a ser investigados após constatação de que criminosos usavam perfis em redes sociais, com imagens de policiais federais, para vender produtos supostamente apreendido pela Receita Federal, na maioria eletrônicos de grande valor.


“Deduz-se que o uso de símbolos da Polícia Federal e nome da Receita Federal fosse para passar credibilidade aos possíveis compradores”, afirma a PF. Durante as investigações, ficou clara a participação de pessoa atualmente presa na PED. O nome do envolvido não foi informado. Facas artesanais e celulares foram apreendidos na cela.


Ainda segundo a PF, membros da associação criminosa falsificavam documentos funcionais da Polícia Federal e agiam na divulgação em redes sociais, enquanto outros se dedicavam a receber os valores das vendas das mercadorias por meio de PIX.


Para convencer as vítimas de que o negócio era lícito, os golpistas alegavam que os valores arrecadados com a venda dos eletrônicos eram destinados para instituição de caridade.


Os principais crimes investigados são estelionato, falsificação de documento público, uso de documento falsos e associação criminosa, além de outros crimes possam surgir no decorrer das investigações. Somadas, as penas podem chegar a 20 anos de prisão. O nome da operação faz referência ao uso pelos criminosos de identidades funcionais falsas da Polícia Federal.

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