Os canteiros de obra na região central de Campo Grande devem ser reativados até o fim do ano. A elaboração do edital de licitação para a revitalização das vias localizadas no quadrilátero, compreendido entre as avenidas Mato Grosso, Calógeras, Fernando Corrêa da Costa e Rua Padre João Crippa, está em fase final e a expectativa é de que a obra seja orçada em R$ 70 milhões.
A coordenadoria especial da Central de Projetos da prefeitura da Capital deve lançar o edital para a revitalização do restante do centro de Campo Grande até o início de outubro.
“Estamos na fase de revisão de projetos para licitar”, explicou a coordenadora da central, Catiana Sabadin.
Um outro projeto que implantará um corredor de transporte coletivo na Rua Rui Barbosa também será licitado neste mesmo período.
A Central de Projetos, porém, ainda não tem um valor estimado para a implantação do corredor. No ano passado, a expectativa era de que esta obra ficasse em R$ 49 milhões, mas o valor passou por revisão.
O Correio do Estado apurou que o período de campanha eleitoral não deve influenciar no lançamento dos editais e na contratação das empresas que executarão a obra.
Trata-se de projetos já em execução, com recursos garantidos.
O Reviva Centro teve início há uma década, mas as obras começaram, de fato, a sair do papel em 2018, com a revitalização da Rua 14 de Julho, que custou R$ 60 milhões e foi inaugurada em novembro de 2019.
A obra da Rua 14 de Julho levou um ano e meio para ser concluída. Toda a via foi refeita, e a fiação rebaixada. A rua recebeu projetos de paisagismo e integrou-se ao conceito urbanístico de “via calma”.
As que passarão por obra de requalificação no centro da cidade – Padre João Crippa, 13 de Maio, Calógeras, Mato Grosso, Antônio Maria Coelho, Maracaju, Dom Aquino, Barão do Rio Branco, 15 de Novembro, 7 de Setembro e 26 de Agosto – terão mobiliário urbano (semáforos, bancos, lixeiras, parte das calçadas e sinalização das vias) similar ao já instalado na Rua 14 de Julho.
Os cabos telefônicos e de energia elétrica continuarão aéreos (em postes).
Quanto ao asfalto, o projeto vai além de um mero recapeamento. O objetivo é requalificar as vias corrigindo problemas estruturais.
Especificamente no caso da Rua Rui Barbosa, a obra será licitada à parte, porque sua estrutura será adequada à circulação dos ônibus.
Também bancada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a obra vai manter o mesmo padrão iniciado pela Rua 14 de Julho.
Outros projetos que integram o programa Reviva Centro, como a construção de conjuntos habitacionais na região, devem demorar mais um pouco.
A prefeitura da Capital aguarda uma definição sobre o novo programa federal para o setor, que substituirá o Minha Casa Minha Vida.
*Correio do Estado
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