Domingo, 06 de Julho de 2025
13°C 29°C
Jardim, MS
Publicidade

No Brasil, 10,1% dos homens afirmam dirigir após beber; entre mulheres, taxa é de 2,2%

Campo Grande, 16,1% dos condutores de sexo masculino afirmaram dirigir após o consumo de bebidas alcoólicas e apenas 3,5% das condutores mulheres confessaram fazer o mesmo

10/12/2023 às 11h31
Por: Tribuna Popular Fonte: Folhapress
Compartilhe:
 - O estudo também demonstrou que as mulheres são mais prudentes no trânsito. - Foto/Divulgação
- O estudo também demonstrou que as mulheres são mais prudentes no trânsito. - Foto/Divulgação

Cerca de 10% dos homens afirmam dirigir após o consumo de bebidas alcoólicas, enquanto entre as mulheres a taxa é de pouco mais de 2%, revela a edição deste ano da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde.


O estudo reúne as respostas de 21.690 adultos das 26 capitais e do Distrito Federal, entrevistados sobre consumo de álcool, tabagismo, obesidade, alimentação, atividade física, percepção da própria saúde e realização de exames.


No conjunto das 27 localidades, 5,9% dos indivíduos afirmaram conduzir veículo motorizado após ingerir bebida alcoólica. Em algumas cidades, porém, as taxas foram maiores. Em Palmas, por exemplo, a combinação álcool e direção foi mencionada por 16% dos participantes, chegando a 24,5% entre os homens e a 8,5% entre as mulheres.


Para o presidente da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), Antonio Meira Júnior, as diferenças regionais podem estar relacionadas aos padrões de fiscalização em cada local --a cada hora, cerca de oito motoristas são autuados no Brasil por terem ingerido bebida alcoólica ou substâncias psicoativas antes de dirigir.


Já a variação entre condutores e condutoras envolve educação e senso de proteção. "Os estudos têm demonstrado que as mulheres são mais prudentes no trânsito", diz.


As maiores frequências entre homens foram observadas em Palmas, Teresina (23,2%) e Boa Vista (20%), e as menores ocorreram em Recife (3,6%), Natal (4,2%) e Porto Alegre (4,4%). Entre mulheres, as maiores frequências foram registradas em Palmas, Cuiabá (7,2%) e Boa Vista (5%), e as menores em Recife (0,2%), Maceió (0,3%) e Natal (0,8%).


LocalidadeTotalHomensMulheres

Palmas16%24,5%8,5%

Teresina12,9%23,2%4,4%

Boa Vista12,2%20%5%

Campo Grande9,4%16,1%3,5%   

Florianópolis9,4%9,9%4,7%

Brasil5,9%10,1%2,2%

Fonte: Vigitel - Ministério da Saúde    


O médico também explica por que a pesquisa considera qualquer quantidade de álcool na análise sobre direção, diferentemente das questões sobre consumo abusivo, que especificam o número de doses. Como cada indivíduo tem peso, altura e hábitos próprios, a bebida tem impactos variados e não há como estabelecer uma quantidade padrão que não cause prejuízos ao volante. Cada um fica alterado com concentrações diferentes. "O único padrão seguro é o zero", defende.


Para dimensionar o problema, Meira destaca que o risco de envolvimento em um acidente fatal para condutores que ingerem uma ou duas doses -cada dose equivale a uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou meio copo de uísque- chega a ser 4,6 vezes maior do que para motoristas sóbrios.


O consumo de álcool reduz a capacidade de percepção da velocidade e dos obstáculos. "O álcool diminui a visão periférica, é como se a pessoa não tivesse os retrovisores no carro", acrescenta.


Outro impacto da bebida é a diminuição da autocrítica. "O condutor faz o que não deve ao volante. Há a euforia, a empolgação e ele acaba abusando da velocidade e do limite, negligenciando os riscos", afirma o médico.


"Tem gente que chega ao ponto de falar: 'Quando eu bebo, eu dirijo melhor'. É o contrário. Você perde a autocrítica", ressalta.


Uma dica de Meira para evitar essas situações é: se houver dúvida sobre beber, não dirija. A decisão de não consumir álcool deve ser tomada antes de sair da garagem de casa porque, chegando ao bar, à festa ou à reunião com os amigos, haverá a empolgação, o incentivo de terceiros e ninguém sóbrio para levar seu carro de volta.


"As tragédias no trânsito envolvendo álcool não são acidentais. Elas poderiam ter sido evitadas", finaliza Meira.


* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Jardim, MS
13°
Tempo limpo

Mín. 13° Máx. 29°

12° Sensação
1.34km/h Vento
81% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
07h23 Nascer do sol
06h15 Pôr do sol
Seg 31° 14°
Ter 31° 14°
Qua 30° 15°
Qui 31° 15°
Sex 33° 16°
Atualizado às 06h03
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,42 +0,04%
Euro
R$ 6,39 +0,06%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 620,690,69 +0,17%
Ibovespa
141,263,56 pts 0.24%
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade