O juiz da 6ª Vara Criminal de Campo Grande, Márcio Alexandre Wust, encaminhou para Vara do Tribunal do Júri o caso do acidente fatal no cruzamento das ruas Antônio Maria Coelho e Bahia, no Jardim dos Estados. A colisão, na manhã de sábado (dia 9), matou a auxiliar de cozinha Belquis Maidana, 51 anos, e deixou João Paulo Alves, 43 anos, em estado grave.
O casal seguia em uma motocicleta Honda Biz, que foi atingida por Toyota Etios da frota do governo de Mato Grosso do Sul. O condutor Guilherme de Souza Pimentel, 30 anos, então servidor comissionado, chegou a ser preso, mas pagou fiança de R$ 66 mil. Na segunda-feira (dia 11), Pimentel foi exonerado.
Na tarde de ontem, a decisão do juiz foi anexada ao processo. O magistrado informou que a 6ª Vara Criminal é incompetente para julgar os crimes de homicídio, embriaguez ao volante e lesão corporal grave. Conforme a decisão, compete ao Tribunal do Júri conhecer e julgar os crimes praticados contra a vida e os crimes a eles conexos.
“Ante o exposto, hei por bem em declarar este juízo incompetente para conhecer e julgar o presente crime. Remeta-se os autos, e demais procedimentos incidentais, ao Tribunal do Júri desta capital, com nossas homenagens e cautelas de estilo”.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Pimentel.
A investigação ainda vai determinar a dinâmica da colisão, com análise de câmeras e imagens de circuitos de videomonitoramento de comércios, prédios e casas da região, incluindo a análise de possíveis violações de sinais de trânsito e a questão do consumo de bebidas alcoólica. A apuração é da 1ª Delegacia de Polícia Civil, que já está com as imagens das câmeras.
Testemunha que presenciou o acidente fatal relatou à Polícia Civil que o veículo conduzido pelo servidor público avançou o semáforo vermelho em alta velocidade (cerca de 100 km/h) antes da colisão.
Ao ser interrogado, Guilherme Pimentel disse à polícia que saiu da casa de seu companheiro e teria consumido vinho antes do acidente. No local do acidente, Pimentel se recusou a fazer bafômetro, mas a PM (Polícia Militar) constatou a embriaguez (olhos vermelhos, odor etílico e sonolência).
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