Agnaldo dos Santos Miranda, 33 anos, foi preso na noite de sexta-feira (29) durante blitz realizada pela Polícia Militar e o Demutran (Departamento Municipal de Trânsito), em Nova Alvorada do Sul, cidade a 116 quilômetros de Campo Grande. Em abril deste ano, o funileiro foi condenado a 11 anos de prisão por decapitar o traficante Eliel de Jesus em 2019.
Segundo o portal Alvorada Informa, a blitz foi realizada na Avenida Jofre de Araújo. Agnaldo chegou a fugir durante a abordagem e invadiu uma casa, mas acabou preso. Contra ele havia um mandado de prisão por estupro e por ter rompido a tornozeleira eletrônica.
O funileiro então foi encaminhado para Delegacia de Polícia Civil da cidade e está a disposição da Justiça. Não foram divulgados detalhes sobre o caso de estupro que ele é suspeito.
Decapitação - O crime ocorreu na noite de 5 de maio de 2019, por volta das 22h, nas proximidades do cruzamento da Rua Água Viva com a Avenida Alceu Alves da Costa, no Bairro Nova Coxim, em Coxim.
Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual, Agnaldo estava em casa com seu pai quando a vítima chegou ao local e o ofereceu drogas. Eles deixaram a residência, mas depois aconteceu uma discussão.
Durante o desentendimento, Agnaldo pegou uma faca e atingiu diversos golpes na vítima. Aos investigadores o suspeito disse que não se lembrava quantos golpes deu em Eliel, antes de decapitá-lo, contudo, a necropsia apontou 16 perfurações, uma delas no coração.
Depois de matar a vítima, ele cortou a cabeça de Eliel e deixou o membro na varanda da casa de Ozias Gomes de Lima, de 48 anos, colega com quem a vítima também teria consumido drogas. Agnaldo foi preso no dia seguinte ao crime enquanto chegava a uma conveniência da Rua Gaspar Ries Coelho, onde compraria fumo.
À polícia, o homem ainda detalhou que após arrancar a cabeça da vítima ele cortou um pedaço da carne do pescoço e comeu. Agnaldo passou por julgamento em abril de 2022, quando foi condenado a 10 anos de prisão, mas a sessão foi anulada.
Em abril deste ano, ele sentou novamente no banco dos réus e foi condenado a 11 anos de prisão em regime fechado por homicídio qualificado e destruição de cadáver. Ele também foi sentenciado a indenizar a família da vítima em R$ 5 mil.
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