Quatro homens e uma mulher foram presos na madrugada desta quinta-feira (24) no âmbito das investigações sobre a chacina de seis trabalhadores rurais, no dia 11 deste mês na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul.
Os suspeitos foram localizados pela Polícia Nacional nos assentamentos San Migul e 30 de Janeiro, em Pedro Juan Caballero, cidade separada por uma rua de Ponta Porã (MS) e a 40 km do distrito de Cerro Corá, onde ocorreu a chacina.
No primeiro endereço vasculhado, equipes do Departamento Antissequestro da polícia paraguaia prenderam Ramón Martínez Penayo e Fabio Andrés Martínez Benítez. Três celulares e duas motos foram apreendidos no local.
Em outro endereço, os policiais prenderam Daniel Romero Irala, Blas Alfredo Albert Giménez e Blasia Demetria Duarte. Nessa casa, foram apreendidos três fuzis, uma pistola 9 milímetros, carregadores e cartuchos de diversos calibres, rádios de comunicação, um carro da marca Toyota, documentos e roupas.
O chefe do Departamento Antissequestro, comissário Nimio Cardozo, informou que a numeração das armas está sendo checada, para saber se são as mesmas levadas da fazenda onde ocorreu a chacina. Segundo ele, os suspeitos presos hoje fazem parte de organização de pistoleiros dedicada a assassinatos encomendados.
No dia 16 deste mês, a polícia paraguaia prendeu o suposto líder da quadrilha, Ángel Vera Benítez, 32. Ele foi localizado no Assentamento Romero Cué, nos arredores de Pedro Juan Caballero, e teve a prisão decretada por múltiplo homicídio doloso, transgressão à lei de armas, roubo de armas que estavam na fazenda e por usurpação de função pública. Os matadores chegaram ao local da chacina usando uniformes camuflados e se passando por agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas).
A chacina – Os pistoleiros invadiram a fazenda localizada na Colônia Piky, dominaram os seis trabalhadores, fizeram todos deitarem enfileirados e os executaram com tiros na cabeça. Depois, deixaram a propriedade levando seis escopetas, um rifle, um fuzil, três pistolas 9 milímetros e uma caminhonete Toyota Hilux – abandonada no Parque Nacional Cerro Corá, a 18 km do local dos crimes.
A investigação segue de três a quatro hipóteses para a chacina. A imprensa paraguaia informou que entre as suspeitas estão “queima de arquivo” e roubo de um carregamento de drogas e de dinheiro da fazenda, oficialmente destinada à criação de gado.
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