A utilização de gramados sintéticos voltou ao centro das discussões no futebol brasileiro após o clássico entre Palmeiras e Santos neste domingo (28), pelo Campeonato Paulista, que terminou com vitória alviverde por 2 a 1.
Depois da partida e das reclamações dos técnicos Abel Ferreira e Fábio Carille, o Palmeiras cobrou providências da Real Arenas, gestora do estádio, e informou que não voltará a mandar jogos no Allianz enquanto a empresa não “honrar com a sua obrigação de realizar a manutenção adequada do campo”.
Principal torneio de clubes do mundo, a Champions League permite sim o uso de grama sintética em jogos da competição, com exceção da final. A utilização de superfície artificial está prevista no Artigo 31 do regulamento da Champions, disponível no site da Uefa.
“Com exceção da final, que deve ser jogada em grama natural, partidas da competição podem ser disputadas em gramado artificial em conformidade com o Regulamento de Infraestrutura de Estádios da Uefa e desde que o gramado artificial tenha a certificação Fifa Quality Pro (certificado até o dia 2 de junho e válido para toda a temporada).”
A Uefa ainda agrega que “o dono do gramado artificial e o clube mandante são totalmente responsáveis por cumprir com os requerimentos, em particular os relacionados à manutenção e melhoras; e segurança e medidas ambientais estabelecidas pelo Programa de Qualidade para os Gramados de Futebol da Fifa”.
Na atual edição da Champions League, o gramado artificial foi alvo de reclamação. Pep Guardiola, técnico do Manchester City, criticou o uso do piso sintético no Estádio Wankdorf, em Berna, casa do Young Boys.
O time inglês enfrentou os suíços pela fase de grupos e venceu a partida fora de casa por 3 a 1.
“A grama natural é melhor. Porque 99,9% dos times que jogam em alto nível jogam em grama natural, do contrário a Uefa e a Fifa decidiram jogar [apenas] em gramados sintéticos. É senso comum, eu diria”, afirmou o catalão.
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