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Pistoleiros procurados em MS são presos em SP

Elison Aparecido foi executado na manhã de sexta-feita e atiradores fugiram de ônibus logo em seguida

17/02/2024 às 19h40
Por: Tribuna Popular Fonte: Campo Grande News
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 - Suspeitos no momento em que foram presos em São Paulo neste sábado (Foto: Direto das Ruas)
- Suspeitos no momento em que foram presos em São Paulo neste sábado (Foto: Direto das Ruas)

Dois dos três suspeitos de matarem Eliston Aparecido Pereira da Silva, 51 anos, foram presos neste sábado (17) ao desembarcarem no Terminal Rodoviário da Barra Funda, em São Paulo (SP). O crime aconteceu em Dourados, cidade a 251 quilômetros de Campo Grande, na manhã de sexta-feira (16).


A prisão foi feita pela Polícia Militar de São Paulo após investigações do SIG (Setor de Investigações Gerais) com apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal), ambos de Dourados e do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado).


Os suspeitos, Igor Franco Ortiz, 33 anos e Fábio Arlindo Cabral Irala, 23 anos, fugiram ônibus da cidade sul-mato-grossense, logo após executarem Eliston e foram capturados assim que desembarcaram em São Paulo. Os nomes e os detalhes da investigação não foram divulgados ainda. O terceiro suspeito está sendo procurado.


Assassinato – Na manhã de ontem, Eliston e a mulher chegava em casa, na Rua Reinaldo Bianchi, no Jardim Santa Fé, região oeste de Dourados, quando foram atacados a tiros por três pistoleiros em um Fox prata.


Eliston conduzia uma picape Fiat Toro branca e trocou tiros com os bandidos, mas foi alvejado com pelo menos 13 disparos e morreu quando era socorrido pela esposa. A mulher também participou da troca de tiros, mas não ficou ferida. Duas pistolas descarregadas foram apreendidas pela polícia na residência do casal. Uma bolsa cheia de munições também foi encontrada.


O Fox foi abandonado a 1.500 metros do local, nos fundos do antigo Dourados Park Hotel. Havia marcas de tiros no carro e pelo menos um dos pistoleiros ficou ferido.


Ficha – Eliston foi condenado a 22 anos de prisão por pelo menos quatro assaltos que aconteceram entre as décadas de 1990 e 2000, todos em Campo Grande. Das quatro condenações, a reportagem conseguiu acesso a dois processos, um de 1998 e outro de 2000 (quando estava foragido do regime semiaberto). Nos dois casos, ele confessou os crimes, praticados sob a mira de arma.


No dia 27 de abril de 1998, Eliston e um comparsa, armados com revólver calibre 38, assaltaram o dono de uma Toyota Hilux azul que estava estacionado no cruzamento das ruas Rio Grande do Sul e Antonio Maria Coelho, no Centro da Capital. A vítima esperava a esposa em frente a um consultório médico.


Os dois fugiram com a Hilux e se esconderam na chácara onde o outro assaltante morava. Na madrugada, saíram para levar a caminhonete para a Bolívia, mas foram presos pela PRF.


Na delegacia, Eliston confessou o crime e disse que participou do assalto porque precisava de dinheiro. Natural de Dourados, na época ele morava com a irmã, na Capital. Eliston foi condenado ao regime fechado, mas logo foi beneficiado com progressão de regime.


No dia 9 de dezembro de 2000, quando estava foragido do regime semiaberto há um ano e dois meses, Eliston e outro comparsa, armados com revólver calibre 38, roubaram uma SUV Jeep Cherokee que estava em um lava-rápido. O veículo era avaliado em 23,4 mil (o equivalente a 150 salários mínimos da época). O roubo ocorreu no cruzamento da Rui Barbosa com 26 de Agosto.


Como o carro apresentou defeito minutos depois, eles o abandonaram e pegaram um ônibus, mas foram presos pela Polícia Militar dentro do coletivo. Na delegacia, Eliston confessou o assalto, disse que o roubo havia sido planejado pelo mesmo comparsa do assalto de abril de 1998, que nunca havia sido preso. Era esse bandido que tinha contato com receptadores bolivianos.


Na época desse segundo roubo, Eliston estava morando em Ribeirão Preto (SP), de onde veio com o comparsa de ônibus para roubar algum veículo de alto valor em Campo Grande e levar a ao receptador na Bolívia.


Mesmo já condenado na época, Eliston voltou logo para o regime semiaberto, de onde fugiu menos de dois anos depois e nunca mais foi recapturado, até ser beneficiado com a prescrição da pena.

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