Condenado a 12 anos de prisão pelo assassinato de Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, no dia 3 de fevereiro de 2017, em Campo Grande, o lavador de carros William Enrique Larrea, de 37 anos, foi preso nesta terça-feira, 27 de fevereiro, e ficou detido em uma das celas da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol.
Na manhã desta quarta-feira (28), Willian foi encaminhado ao Centro de Triagem Anísio Lima, onde cumprirá a pena. A PCMS (Polícia Civil de Mato Grosso do Sul) confirmou a prisão, mas não há informações se Willian se apresentou na delegacia ou se foi localizado por policiais.
Ainda continua foragido o outro envolvido no assassinato, dono do lava a jato, o aviador civil Thiago Giovanni Demarço Sena, de 26 anos. Ele e Larrea foram condenados a 12 anos de prisão em julgamento que aconteceu no dia 30 de março do ano passado. Na ocasião, deixaram o Fórum de Campo Grande pela porta da frente, porque tinham o direito de recorrer da condenação em liberdade.
No entanto, os recursos - que incluíam a anulação do julgamento - chegaram ao fim e o juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, mandou prender a dupla.
Logo após a expedição das ordens de prisão, com validade até 2044, o advogado Wesley Holanda Roriz, de Brasília (DF), se habilitou no processo como representante de Thiago Sena. À reportagem, ele não quis dar detalhes sobre o cumprimento do mandado contra o cliente. Disse que não pode dar detalhes porque a defesa ainda está analisando a situação.
Wesner morreu aos 17 anos, em 3 de fevereiro de 2017, após ter mangueira de compressão, usada na limpeza de carros, introduzida no ânus. Ele trabalhava em um lava a jato na Avenida Interlagos, na Capital. Com a pressão do ar, ele perdeu metade do intestino e teve vários outros órgãos lesionados até sofrer hemorragia grave e parada cardiorrespiratória.
Tentativa de absolvição - No julgamento, as defesas de Thiago e Willian alegaram o tempo todo que a tragédia não passou de uma “brincadeira de mau gosto” e que os clientes não tinham a intenção de ferir ou matar Wesner.
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