Bonito é um lugar tão perfeito quanto o mundo encantado de Walt Disney. É como reagiu a jornalista sul-africana Lee Middleton ao descrever as belezas naturais do principal destino de ecoturismo de Mato Grosso do Sul. A convite do Ministério do Turismo, ela passou os meses de dezembro de 2023 e janeiro deste ano visitando atrativos turísticos de várias regiões do Brasil.
Em matéria publicada no Sunday Times, um dos principais jornais da África do Sul, Lee Middleton classifica a região de Bonito como um lugar mágico tanto quanto os personagens dos filmes animados da Disney. “Tão perfeito que eu não ficaria chocada se o bagre com quem acabamos de mergulhar saltasse da água e começasse a cantar", diz a jornalista, que veio ao Brasil acompanhada do filho Tau.
Encantada com o que viu, Lee coloca Bonito no topo da lista dos principais destinos brasileiros de ecoturismo e elogia os cuidados locais com a preservação da natureza. “Estamos em Bonito, a capital do ecoturismo do Brasil. Sua indústria de turismo bem administrada limita estritamente o número de visitantes às suas joias naturais”, afirma, referindo-se ao fato de que todos os passeios são realizados na companhia de um guia turístico e em grupos limitados de turistas. “É como um conto de fadas”, exclamou meu filho Tau, extasiado.
Lee se encantou pelo Abismo Anhumas, um dos atrativos mais desafiadores dos amantes da natureza em Bonito. “Esta caverna espetacular possui uma lagoa na qual você pode praticar snorkel e mergulhar em torno de cones de estalagmites que emergem das profundezas. Mergulhando 100 metros até um chão arenoso, este abismo pode ser o melhor lugar do mundo para testemunhar um espetáculo de parar o coração”.
Na região, a visita da jornalista sul-africana estendeu-se até Jardim e Bodoquena. São municípios tão próximos de Bonito, geograficamente e em belezas naturais, que os não-sul-mato-grossenses insistem em confundir Bonito com Jardim (distante 70 km) e Bodoquena (distante 74 km), imaginando que se trada de um único lugar chamado Bonito. Sobre a visita ao Buraco das Araras, em Jardim, ela descreve as araras azuis como a Beyoncé dos pássaros.
“Seguimos até a Fazenda Boca do Onça, cuja atração homônima, uma cachoeira de 156 metros, é o impressionante aperitivo de um menu de degustação ecológica, onde você encontra inspiração infinita nas águas cristalinas e formações rochosas surreais resultantes do aquífero cárstico calcário de Bonito”, diz ela sobre a Cachoeira Boca da Onça, localizada no Km 26 na zona rural de Bodoquena.
Lee sugere que os entusiastas da vida selvagem não devem perder o vizinho Pantanal. “Esta vasta planície fluvial, quatro vezes o tamanho do Delta do Okavango (um grande pântano localizado no noroeste de Botsuana, na África), fica próximo de Bodoquena”, recomenda ela ao comentar sua aventura pantaneira.
“Dez minutos depois de nosso primeiro safári, estamos tão perto de uma onça-pintada macho que não preciso de binóculo para discernir um ferimento em sua enorme cabeça. Embora espionar o maior felino das Américas seja uma lembrança para toda a vida, a competição é acirrada, com avistamentos de tamanduás gigantes, tarântulas do tamanho de pratos de sobremesa e mais espécies de pássaros do que consigo contar”.
O texto da jornalista Lee Middleton é quase uma provocação para que os viajantes sul-africanos passem a dar mais atenção aos atrativos turísticos brasileiros. “Por que o Brasil deveria ser o novo destino preferido dos amantes da natureza na África do Sul”, diz o título da matéria. “O Carnaval vem e vai, mas as atrações ecológicas do Brasil encantam o ano todo. Com voos diretos da Cidade do Cabo e de Joanesburgo, o que você está esperando?”.
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