Enquanto aguardam a oficialização da reabertura da fronteira anunciada para acontecer até o dia 15 de outubro, comerciantes e moradores de Pedro Juan Caballero, no Paraguai e Ponta Porã, do lado brasileiro, exigem a retirada dos militares que ainda estão ocupando a linha internacional que divide as duas cidades.
Desde as primeiras negociações e das flexibilizações permitidas pelo Ministério da Saúde do Paraguai, algumas passagens foram liberadas pela população para cruzar de m lado para outro da fronteira. Entretanto, a parte localizada na região central ainda continua sendo “vigiada” pelo exército paraguaio.
Segundo o presidente da Câmara de Comércio de Pedro Juan Caballero, na prática as barreiras já perderam o sentindo e nem funcionam mais. “Apesar de estarem cumprindo determinações das autoridades, a presença deles já perdeu o sentido”, comentou Victor, ressaltando que os obstáculos estão sendo retirados pelos moradores.
“Ninguém aguenta mais. Tá todo mundo cansado ver esses militares aqui e saber que lá dentro o comércio está aberto. Mas se a gente entra do lado de lá, se estiver de carro, pode até ser preso, porque oficialmente não saiu nenhum decreto”, conta o funcionário público Celestino Vieira, que mora em Ponta Porã.
“Já passou da hora do exercito deixar totalmente as ruas da nossa cidade. Depois de sete meses isolados, nossa gente clama por liberdade e também pelo sustento das famílias. Vamos derrubar as últimas cercas que ainda restam”, reclamou o vendedor ambulante Luciano Riquelme, residente no lado paraguaio.
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