A Polícia Federal apura as motivações que podem ter levado Jair Bolsonaro (PL) a se hospedar por duas noites seguidas na embaixada da Hungria, em fevereiro.
A suspeita é de que o ex-presidente tentou buscar asilo político para escapar de eventual prisão preventiva após ser alvo da operação que apura se ele tramou um plano golpista para permanecer no poder.
Agentes com acesso à investigação relataram à CNN que não deve haver intimação do embaixador Miklos Halmai, embora ele seja peça-chave na checagem dos fatos.
A alternativa seria contar com a ajuda da diplomacia brasileira para enviar um questionário com perguntas detalhadas ao húngaro.
Após a reportagem do The New York Times revelar o episódio na embaixada húngara, Halmai chegou a ser convocado pelo Ministério das Relações Exteriores para prestar esclarecimentos.
Mas, segundo fontes do Itamaraty, foi monossilábico e apenas repetiu a tese da defesa de Bolsonaro. Disse que a hospedagem foi a convite da embaixada, com o intuito de discutir política com interlocutores da direita húngara.
O atual primeiro-ministro Viktor Orbán é líder da extrema-direita no país europeu e tem bom relacionamento com Bolsonaro.
A PF, no entanto, busca detalhes para além desta versão.
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