O empresário Ueverton da Silva Macedo, 34 anos, que voltou a ser preso nesta quarta-feira (dia 3) na Operação Tromper, é denunciado como líder de grupo que desviou recursos da Prefeitura de Sidrolândia, com movimentação de R$ 10 milhões. A ação é realizada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
Conhecido como “Frescura”, ele já tinha sido preso na segunda fase, em 21 de julho do ano passado, mas quatro meses depois, em 26 de novembro, teve a prisão preventiva substituída por medidas cautelares.
Ex-candidato a vereador no município, que estudou até a 5ª série do ensino fundamental e que trabalhava como encarregado geral de operações de conservação de vias, Ueverton movimentou R$ 10,2 milhões no período de quatro anos (de primeiro de janeiro de 2017 a 6 de dezembro de 2021).
Já a sogra e o cunhado do empresário movimentaram mais de R$ 1,1 milhão entre 2017 e 2021, mesmo com empregos modestos.
“A minha vida particular não cabe a ninguém. Não tenho dúvidas que vou ser absolvido. Estou à disposição do Ministério Público, mas isso é minha vida privada. Algo particular meu. Se recebi R$ 1 milhão, três ou quatro, não tenho que dar satisfação”, rebateu Frescura, em entrevista ao Campo Grande News, em 19 de fevereiro.
O Ministério Público afirma que as fraudes aconteciam há quatro anos e pede indenizações que somam R$ 349 mil. São dez denunciados, entre empresários e servidores. Nome da operação, tromper é palavra francesa que significa enganar. A primeira fase foi deflagrada em 18 de maio.
Responsável pela defesa do empresário, o advogado Fábio Ferraz informa que ainda não tem conhecimento das razões dessa nova operação.
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